Bebida alcoólica é parte da Copa e não negociamos, diz Fifa
Além de falar sobre o risco de Natal ser excluída entre as 12 cidades da Copa do Mundo de 2014, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, garantiu na tarde desta quarta-feira que haverá venda de cerveja nos estádios do torneio, embora o assunto ainda não tenha sido definido pelo governo.
Antonio Lacerda - 18.jan.12/Efe | ||
O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, toma uma bebida em evento da Copa-2014, nesta quarta |
A polêmica começou no ano passado em função de o Estatuto do Torcedor proibir a comercialização de bebida alcoólica dentro das arenas em competições nacionais, desde 2003, além de existir vedação local em vários Estados do país.
O assunto, aliás, é um dos mais que tem adiado a aprovação da Lei Geral da Copa.
Apesar disso, Valcke bateu o pé em entrevista à imprensa estrangeira no Rio. "A bebida alcoólica é parte da Copa do Mundo da Fifa, então vai ter. Me desculpe, eu posso parecer um pouco arrogante, mas isso é algo que a gente não negocia. Tem que ser parte da lei o fato de que nós temos o direito de vender cerveja", afirmou.
Para a Fifa, a venda da cerveja nos estádios é uma questão comercial. A federação internacional tem acordo de patrocínio há mais de 25 anos (desde a Copa de 1986, no México) com a marca norte-americana Budweiser, que atualmente faz parte do maior grupo de cerveja do mundo, o Anheuser-Busch InBev.
"A nossa parceira, inclusive, é uma empresa brasileira", disse Valcke, lembrando que a cervejaria brasileira AmBev integra a AB InBev.
Em seguida, já em entrevista coletiva ao lado do ex-jogador Ronaldo, hoje no Comitê Organizador Local, e do ministro do Esporte, Aldo Rebelo, o dirigente resolveu salientar: "Não estamos falamos de bebidas alcoólicas. Estamos falando de cerveja, nada mais".
Santi Carneri/Efe | ||
O ex-atacante e hoje empresário Ronaldo sofre com o calor no Rio |
MASCOTE, SLOGAN E INGRESSOS
Valcke também anunciou que a mascote e o slogan oficias da Copa-2014 serão definidos até março envolvendo comitê local, governo federal e "o povo brasileiro". Sem explicar os critérios, acrescentou que já existem empresas brasileiras trabalhando nisso.
"É algo que pertence ao Brasil. É o que o Brasil vai mostrar ao mundo. Naturalmente, não é decisão da Fifa. Hoje, estamos com uma espécie de pré-acordo e, em março, ambos serão lançados em evento com os presidentes Dilma (Rousseff, do Brasil) e Blatter (Joseph, da Fifa)", disse.
Ronaldo declarou que "ainda não há nada definido sobre preço do ingresso". "Quase tudo depende da Lei da Copa, então temos que aguardar a definição", afirmou.
Com Reuters
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