Somente no mês de novembro de 2011, período em que é realizado a imunização de todo o rebanho, os pecuaristas gastaram R$ 44,5 milhões na compra de vacinas. Na etapa de maio do ano passado, que é feita com animais de zero a 24 meses, os pecuaristas mato-grossenses tiveram um gasto de R$ 18,5 milhões na compra de vacinas, para imunizar 12,4 milhões de cabeças. Em 2010, os pecuaristas compraram R$ 50 milhões para vacinar cerca de 28,7 milhões de animais.
De acordo com o superintendente do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Otávio Celidônio, o aumento dos valores está relacionado com a alta no preço das doses nos últimos anos. No entanto, ele ressalta que o reajuste é atípico e que poderá ocorrer uma leve queda no custo das vacinas nos anos seguintes. Além disso, ele ressalta que entre 2011 e 2010 o tamanho do rebanho cresceu.
“Esse é um gasto que o pecuarista faz somente com a compra das vacinas, mas o montante é bem maior no processo de vacinação, porém o produtor tem consciência da importância dessa imunização para continuarmos exportando para mais de 180 países”, frisou o superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari. Outro motivo que irá contribuir para a redução dos custos é a exclusão da etapa de fevereiro do calendário de vacinação do rebanho situado na fronteira de Mato Grosso com a Bolívia. Pelo menos é o que afirma o diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Guilherme Marques.
Há 16 anos o estado é livre da febre aftosa. De acordo com dados do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea) divulgados nesta sexta-feira (20), na última etapa da vacinação, um total de 99,76% do rebanho foram imunizados. Os dados demonstram que se obteve o melhor índice de vacinação espontânea já registrada no estado. Foram imunizados 29.122.232 animais em 108.359 propriedades rurais que produzem gado nos 141 municípios mato-grossenses.
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