Estudante tentou fraudar prova
A estudante Izabela Carvalho Martins, de 18 anos, foi presa acusada de tentar fraudar o vestibular de medicina da Univag em Várzea Grande, realizado anteontem à tarde.
Fiscais encontraram com um ela um ponto eletrônico pelo qual recebia as respostas das questões. Aos policiais, ela relatou que pagou entre R$ 25 mil e R$ 30 mil para obter as respostas. O esquema foi montado em Betim (MG), onde ela mora e fez cursinho preparatório. Segundo os policiais, a tentativa de fraude foi descoberta por volta das 17 horas, cerca de duas horas após o início das provas.
Um fiscal desconfiou do nervosismo da jovem. Ao se aproximar, percebeu que ela usava o equipamento eletrônico cujo uso no processo seletivo é proibido.
“Então, a levei até o ambulatório onde uma enfermeira de plantão retirou o ponto eletrônico do ouvido dela e o restante do equipamento no corpo”, explicou um dos fiscais.
De lá, a estudante foi levada para a Central de Flagrantes de Várzea Grande, onde foi autuada pelo crime de fraude em certame de interesse público.
Ela acrescentou aos policiais que veio com uma amiga de Betim e as duas vieram só para fazer o vestibular. Ela concorria a uma das 60 vagas para o próximo ano letivo. “Foi uma colega do cursinho que me indicou o esquema. Foi tudo feito por lá mesmo”, explicou.
Ela disse ainda que recebeu o equipamento horas antes, de uma pessoa com a qual se encontrou num shopping de Cuiabá. A estudante explicou que ganharia um carro caso passasse no vestibular.
A estudante garantiu que não tinha mais detalhes sobre quem estava por trás do esquema e se mais alguém estaria usando o ponto eletrônico no vestibular. Policiais plantonistas acreditam que mais pessoas estariam no esquema, mas só a estudante é que foi flagrada na tentativa de fraude.
“Um esquema desses não é feito só para atender a uma pessoa. No mínimo umas 10 ou 20. Um número significativo, pois é arriscado”, explicou um policial.
O crime é afiançável, tendo sido regulamentado em 2011. Antes a pessoa era indiciada por estelionato. A estudante pagou fiança e vai responder pelo crime em liberdade.
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