De acordo com dados da ANP e do Sindipetróleo/MT, os volumes demandados superaram a média nacional
Melhor setembro em consumo
O consumo de combustíveis, em Mato Grosso, teve o melhor setembro da série histórica da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), iniciada em 2000, para o Estado. O mês passado fechou com a comercialização de 346,47 milhões de litros, volume 6,46% acima do que foi consolidado em setembro do ano passado, 325,24 milhões. Além do avanço no comparativo, o saldo registrado pela ANP no período mostra não apenas que Mato Grosso manteve a curva ascendente no consumo de combustíveis, em relação ao mesmo período de 2012, como também, avançou acima da média brasileira.
Como destacam a ANP e o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis de Mato Grosso (Sindipetróleo/MT), comparando os resultados consolidados em setembro de 2012 com o mesmo mês deste ano, há um incremento de 17,8% no consumo de etanol hidratado, de 0,6% da gasolina tipo C (gasolina A + 25% de etanol anidro) e de 6,5% do óleo diesel. No mesmo intervalo, a média brasileira foi de 14,3% para o etanol hidratado, 3,4% para a gasolina C e 6% para o óleo diesel.
Conforme a ANP, em setembro, foram demandados no Estado, 40,7 milhões de litros de etanol hidratado, 48,5 milhões de gasolina e 234,9 milhões de óleo diesel.
2013 - No acumulado do ano, ou seja, de janeiro a setembro, Mato Grosso, mantém a ascendência do consumo, com exceção da gasolina, que recuou no período analisado 2,7%. O etanol hidratado cresceu 39,2 e o óleo diesel alcançou 9,9%. No total dos combustíveis consumidos até setembro deste ano – fazem parte ainda gasolina de aviação, GLP, querosene de aviação, querosene iluminante e óleo combustível – a expansão anula é de 9% e soma mais de 3,02 bilhões de litros. Em 2012 foram consumidos nos 12 meses do ano 3,73 bilhões de litros.
Como destaca o Sindipetróleo/MT, as médias brasileiras para o período de janeiro a setembro mostram incremento de 7,4% sobre o etanol hidratado, de 4,4% para gasolina C e de 5,6% ao óleo diesel.
“Se considerarmos o Ciclo Otto (uso de gasolina C + etanol hidratado pelos veículos flex), no acumulado do ano Mato Grosso cresceu 12,5%. Já o Brasil cresce 5%. Considerando apenas etanol, gasolina e diesel, a variação no Estado atinge 10,6%, enquanto a do Brasil 5,3%. Percentualmente falando, estes números demonstram que nosso Estado cresce o dobro do restante do país”, observa o diretor-executivo do Sindipetróleo, Nelson Soares Junior.
ETANOL - O combustível iniciou o mês de novembro sendo competitivo em apenas quatro estados do País. É o que aponta levantamento semanal de preços da ANP, que apurou as cotações entre os dias 27 de outubro e 2 de novembro.
Segundo a ANP, dos 26 estados do País mais o Distrito Federal, o preço do biocombustível na média é competitivo em relação à gasolina somente em Goiás, Mato Grosso, Paraná e em São Paulo.
OUTUBRO - No mês de outubro, conforme pesquisa do sistema de levantamento de preços da ANP, Mato Grosso aparece na sexta colocação em relação ao preço da gasolina. No Acre, Rondônia, Tocantins, Mato Grosso do Sul e Roraima os preços da gasolina são maiores que em Mato Grosso, porém, em todos estes estados, a composição do preço da gasolina e do diesel sofre forte influência do custo de frete por estarem localizados longe das refinarias.
Considerando o período de janeiro a outubro de 2013, o preço médio da gasolina no Estado cai do segundo mais caro do país em janeiro para o sexto colocado em outubro.
Em cifras, o consumidor pagou, em média, R$ 2,98 em janeiro e R$ 2,99 em outubro por um litro de gasolina. Esta estabilidade nos preços se deve em grande parte à vantagem proporcionada pelo uso de etanol hidratado no Estado.
Já em relação ao etanol hidratado, Mato Grosso exibe o vigésimo quarto preço do país, principalmente por ser um estado exportador do combustível e suas regiões de maior consumo estarem próximas das usinas.
No óleo diesel, o preço médio de Mato Grosso ocupa o terceiro lugar entre as unidades da federação, influenciado pela distância da refinaria e pelos impostos.
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