A Polícia Civil e o Conselho Regional de Medicina (CRM) investigam um cirurgião plástico de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, que é suspeito de ter cometido um erro durante uma lipoaspiração feita há dois anos. A paciente, que pagou R$ 15 mil pelo procedimento, ficou com a barriga deformada.
Durante a cirurgia estavam previstas duas incisões na barriga e duas nas costas. Porém, quando acordou no pós-operatório, a paciente tinha 11 perfurações pelo corpo.
A vítima disse que tentou fazer um acordo com o médico para ser novamente operada. "Eu tentei de tudo, mas não consegui nada. Eu só consegui que ele me expulsasse do consultório”, declarou a vítima, que pediu para não ser identificada.
Um laudo da polícia científica apontou que a deformidade é permanente e não há como ser corrigida. A mulher está com depressão e passa por tratamento psiquiátrico. “Ela está muito abalada e não consegue desenvolver atividade profissional", disse o advogado da vítima Thiago Secaf.
O caso foi registrado como lesão corporal gravíssima e é investigado pelo 4º Distrito Policial. “Nós pretendemos instaurar um inquérito, inclusive com intimação do médico para melhor esclarecimento dos fatos”, afirmou o delegado Samuel Zanferdini.
A denúncia também foi registrada no CRM de Ribeirão Preto. A decisão final pode demorar até três anos, devido ao grande número de processos em julgamento.
O cirurgião plástico foi procurado pela equipe de reportagem, mas não quis falar sobre o assunto.
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