Sem descartar aliança com PSD, Haddad diz que vai priorizar aliados
Segundo Haddad, o conselho político da campanha decidiu de forma unânime conversar primeiro com PMDB, PR, PSB, PC do B e PDT.
Alessandro Shinoda/Folhapress | ||
O candidato à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, durante reuniãoo de conselho político |
As conversas com o PSD, partido do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, não estão descartadas nem censuradas, mas ficarão como segunda opção. Na prática, as negociações devem continuar, já que contam com o apoio do ex-presidente Lula.
"Não houve uma aproximação formal do PSD. O presidente do partido não foi procurado e o próprio PSD deixou claro que ele tem outras prioridades. A nossa [prioridade] é a busca de coligação com os partidos da base aliada", afirmou Haddad.
CONFLITO INTERNO
Embora seja apoiada pelo ex-presidente Lula, uma eventual aliança com Kassab enfrenta resistência no PT.
Na quarta-feira, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, disse que apoiar Haddad é somente a "terceira opção" do atual prefeito de São Paulo.
Em seu blog, o ex-ministro José Dirceu afirmou que a aliança com PSD é caminho de "pedras e perigos".
Em artigo na Folha deste sábado, a ex-prefeita Marta Suplicy também atacou o criador do PSD.
Com o título "incompetentes e truculentos", o texto de Marta começa dizendo que "Não sobram áreas para a dupla PSDB-Kassab atentarem contra os menos favorecidos de São Paulo".
Preterida pelo PT em São Paulo, Marta não compareceu à reunião do conselho político da campanha de Haddad. Foi a primeira reunião do ex-ministro desde que ele deixou a pasta da Educação no começo desta semana para se dedicar integralmente à campanha.
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