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Segunda - 30 de Janeiro de 2012 às 13:17

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O mundo limpinho decreta o fim dos pelos púbicos. Sou da turma do contra. Por uma razão simples: sexo sem pelo não é sexo. 

Tudo bem, o estilo consagrado na "Playboy" amazônica da Claudia Ohana pode ter datado, mas a falta total de pelo infantiliza muito o enlace amoroso.

Só há maldade e erotismo nos pelos. A depilação 100% sempre funcionou muito bem como um fetiche provisório, um presentinho ocasional ao amado. Não deve ser permanente.

Onde estão o Greenpeace, o S.O.S. Mata Atlântica e todas as ONGs que não berram contra um crime desses? Humor ecológico à parte, temos que lutar contra o desmatamento radical das mulheres.

Por mais que o pensamento metrossexual avance, não podemos permitir uma mudança tão significativa na paisagem sexual e amorosa. O macho-jurubeba, como este cronista de costumes denomina o homem inimigo do metrossexualismo, resiste. Mesmo sabendo que será centrifugado pela história.

Lembro do protesto dos leitores da "Playboy" diante das fotos da atriz Vera Fischer, em 2008. E o índice de pelos não chegava a 10% da escala Claudia Ohana. O nojinho dos novos marmanjos foi muito representativo como mudança de hábitos do homem brasileiro.

A adesão masculina à depilação definitiva é mais assombrosa ainda. Uma marcha sem volta. Nesse cenário devastador, só o velho Clint Eastwood, 80, salva. Recentemente o ator e diretor de cinema tomou a decisão histórica de não permitir o uso do photoshop nas suas fotos para a revista "M", do jornal francês "Le Monde".

Foi um duro golpe no metrossexualismo, com direito a tufos de pelos nas orelhas e às mais explícitas rugas, mas em um mundo moralmente raspado e asséptico, a guerra está no final e quase perdida. 






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