A Polícia Civil de Minas Gerais vai interrogar o traficante Antonio Bonfim Lopes, o Nem, no inquérito sobre as supostas ameaças do ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, a pessoas envolvidas no desaparecimento da estudante Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno. Ele seria o responsável por colocar em prática as ameaças.
— Vamos enviar uma equipe para Campo Grande para conversar com o Nem, como parte das investigações no caso das ameaças. Até o momento é a palavra de quem fez a denúncia contra a do Bola, por isso temos que ouvir todas as partes envolvidas – explicou o delegado Islande Batista, chefe do Departamento de Investigação de Crimes Contra o Patrimônio, ao qual é subordinado o Deoesp (Departamento de Operações Especiais da Polícia Civil de Minas Gerais):
— Já entramos em contato com o delegado de lá, que vai fazer a intermediação com o juiz para sabermos o local e data do encontro, que deve acontecer até o fim da próxima semana.
De acordo com a denúncia feita por um colega de cela de Bola, o amigo do goleiro Bruno estaria arquitetando um plano para matar a juíza que preside o processo, Marixa Fabiane Lopes Rodrigues; o delegado que coordenou as investigações, Edson Moreira; o advogado José Arteiro, que atua como assistente de acusação; o deputado estadual Durval Ângelo (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas, e Ércio Quaresma, ex-defensor do goleiro Bruno. Até o momento, nenhuma das supostas vítimas confirmou ter recebido ameaça alguma.
Assim como Bruno e Macarrão, Bola é um dos acusados de participar do desaparecimento de Eliza Samudio, em junho de 2010. Os três continuam presos no presídio Nelson Hungria, em Contagem, Minas Gerais.
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