"Se forem deixados, dezenas deles irão morrer todo dia. Diferente de animais bem alimentados que podem se manter aquecidos com a gordura do próprio corpo, os que estão famintos irão morrer", afirmou Yasunori Hoso, que coordena um abrigo para quase 350 cachorros e gatos que foram resgatados da zona de isolamento de 20 km em torno da usina nuclear.
O governo permitiu a entrada temporária de grupos de proteção aos animais na zona de isolamento, em dezembro, para resgatar os animais sobreviventes antes do severo inverno chegar, mas Hoso afirmou que ainda há muitos cães e gatos na área.
Tragédia
Um terremoto de magnitude 9,0 e um enorme tsunami, em 11 de março, deflagraram o maior acidente nuclear do mundo em 25 anos e forçou os habitantes a fugirem da região próxima da usina nuclear Fukushima Daiichi, e muitos deles tiveram de abandonar seus animais. Muitos cachorros e gatos foram deixados para trás.
Mais de 150 mil pessoas do distrito de Fukushima ainda não podem voltar para suas casas e quase a metade delas é da zona de exclusão.
Enquanto o Japão se concentra em conter o acidente nuclear e proteger pessoas da radiação, Hoso, diretor que representa o Clube Unido do Canil do Japão, tenta salvar o máximo de animais possível da zona isolada ou cuidas dos bichos de estimação das pessoas que estão nos abrigos em que os animais são proibidos.
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