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Cidades
Terça - 31 de Janeiro de 2012 às 10:08

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Os estudantes mato-grossenses Camila Tolomeoti, 18 anos; Pedro Cristino Cortes Omar, 19 anos; e Maria Vitória Ferro Romaselli, 18 anos, foram detidos pela Polícia Civil de Maringá, nesta segunda-feira (30), e depois liberados após prestarem depoimento por suspeita de participação em fraude no primeiro vestibular de medicina do Centro Universitário de Maringá (Cesumar), em Maringá.

Além dos três mato-grossenses moradores de Rondonópolis, Barra do Garças e Juara, ainda foram detidos vestibulandos de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro.
Conforme a assessoria de imprensa do Cesumar, os candidatos estavam com celulares e pontos eletrônicos escondidos na região peitoral, sob a lingerie, fixados ao corpo e nos bolsos das calças. De acordo com a coordenação do processo seletivo, que foi aplicado pela Pontifícia Universidade Católica – PUC/SP, os candidatos foram identificados no início da prova por detectores de metal.

A comissão do vestibular resolveu chamar os candidatos para prestarem esclarecimentos. Depois, a instituição encaminhou o caso às autoridades competentes, que são responsáveis pela averiguação final.

Em depoimento na delegacia, dez detidos confessaram que negociaram a compra do gabarito da prova - um negou a tentativa de fraude. Eles disseram ter recebido um chip de celular para colocar no próprio aparelho. O combinado era que as respostas seriam enviadas até as 17h30, horário de conclusão da prova. O valor pago seria negociado diretamente com os pais dos detidos.

No horário combinado, quando os candidatos já se encontravam na delegacia, foram enviadas mensagens codificadas aos 11 celulares apreendidos, inclusive no aparelho do homem que negou ter negociado o gabarito. A polícia ainda não sabe se as respostas eram as corretas. Também foram apreendidas três escutas telefônicas.

A maioria dos candidatos disse ter sido abordada nas proximidades do local de prova. Uma candidata disse que soube do esquema assim que chegou na rodoviária de Maringá, no domingo de manhã. Outra foi abordada na saída do hotel onde estava hospedada. Pela descrição feita pelos detidos, a polícia acredita que os responsáveis pela abordagem são duas pessoas de aparência distinta - um homem alto de aproximadamente 1.80 metro e outro baixo e careca.

O delegado Laércio Fahur disse que a prioridade da Polícia Civil agora é identificar as pessoas que venderam os gabaritos aos candidatos e apurar os envolvidos na susposta fraude. Os candidatos detidos vão responder por crime de fraude em concurso que prevê pena de um ano a quatro anos de prisão.

Mesmo com a mensalidade de R$ 4.446, a concorrência para cada vaga de medicina chegou a 24 candidatos. São 100 vagas por






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