Pesquisas científicas mostram como achar e manter um grande amor
A ciência ainda não encontrou a fórmula do amor, mas muitos pesquisadores parecem acreditar que estão quase lá. Estudos, equações e teorias solucionam dilemas como prever a chance de uma reconciliação ou de encontrar a alma gêmea.
Para a médica inglesa Luisa Dillner, as respostas das pesquisas são mais confiáveis que conselhos de amigos. Dillner é colaboradora da revista científica "British Medical Journal" e autora do livro "Os Números do Amor" (Best Seller, 304 págs., R$ 29,90).
"Conselhos são baseados em experiências. A experiência do outro pode bem ser diferente da sua. Já pesquisas são feitas com centenas de pessoas", disse à Folha.
Por exemplo: um amigo pode dizer que a ex-namorada vai pedir para voltar, mas estudos mostram que a chance de reconciliação para casais com menos de 30 anos é de 10%. "Se você sabe que a estatística está contra você, vai se mexer mais rápido."
"ACHISMOS"
O psicólogo Ailton Amélio, professor da Universidade de São Paulo e autor de "Relacionamento Amoroso" (Publifolha, 304 págs., R$ 27, 92), tem estudos sobre o amor, mas é mais cauteloso. "Existem pesquisas confiáveis, mas ainda há muito "achismo" e soluções mágicas."
Outro porém é que dificilmente os estudos podem ser generalizados. "Muitos são com universitários americanos, nem sempre os resultados se aplicam a outros contextos", diz Dillner.
Para o psiquiatra e terapeuta de casal Luiz Carlos Osorio, não dá para desconsiderar a ciência mas também não tem como ignorar a experiência e o contato com outras pessoas.
"Não podemos reduzir tudo a um padrão. Relacionamentos são imprevisíveis. Existem caminhos para deixar a relação mais satisfatória, mas eles só vão funcionar se o casal se dispuser a isso."
COLABORARAM FERNANDA REIS E FILIPE OLIVEIRA
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