Já pensou em dar de cara com um corpo boiando no lago? Ou com alguém caído na calçada, com uma faca cravada nas costas? Pois o artista Mark Jenkins, de 41 anos, pensou nisso. E criou esculturas bem realistas de pessoas nessas e outras situações.
As peças de Mark são tão convincentes, que os pedestres chegam a ligar para a emergência e para a polícia, ao se deparar com elas. Segundo o americano, o objetivo é fazer com que as pessoas olhem além dos celulares e prestem atenção no mundo ao redor.
O artista viaja o mundo para expor as obras nas ruas. Mas já trabalhou como saxofonista e designer. Mark começou expor as esculturas no Rio de Janeiro, há seis anos. Na época, ele resolveu pendurar uma delas em frente a um lixão, para chamar a atenção das crianças que viviam nas ruas. E deu certo!
Mark usa o próprio corpo como molde para os bonecos, confeccionados com fita adesiva. “Eu gosto quando as pessoas questionam o mundo ao redor delas, sobre o que é real e o que não é”, diz ele. “Hoje em dia, as pessoas estão muito enterradas nos celulares, e eu só queria fazer com que elas olhassem além”, revela.
O americano acrescenta, com frequência, um toque de esperança nas peças. “Por exemplo, o cara no rio está preso em um monte de balões, que estão quase fazendo ele flutuar, de forma mágica”, explica Mark. Faz sentido.
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