Katsue Stefane tinha 25 anos e foi contratada por dono de pizzaria; corpo foi jogado no forno
Mulher esquartejada era garota de programa, diz Polícia
Investigadores da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) identificaram a jovem que foi morta, esquartejada e queimada no forno da Pizzaria Fornalha, no bairro Barbado, em Cuiabá, na manhã de sexta-feira (3).
Trata-se de Katsue Stefane dos Santos Vieira, 25, que trabalhava como garota de programa em uma boate localizada na região da Estação Rodoviária da Capital, no bairro Alvorada.
O crime foi cometido pelo comerciante Weber Melques Venandes de Oliveira, 22, que confessou ao pai ter matado a moça. Em seguida, a esquartejou e jogou pedaços do corpo no forno da pizzaria.
Ele é procurado pela Polícia, já que fugiu logo após ter confessado a brutalidade ao pai.
A identidade da jovem foi descoberta após uma denúncia via Ciosp, na noite de sexta-feira. Segundo os policiais, as colegas de Katsue ligaram para o órgão e disseram que uma das garotas de programas estava desaparecida desde a noite de quinta-feira (2).
Uma equipe de investigadores foi até a boate, com uma foto de Weber, e todas as garotas reconheceram o comerciante como sendo o homem que havia saído com Katsue.
Elas disseram, ainda, que a jovem era usuária de drogas e que Weber a teria convidado para usar drogas na pizzaria. Na pressa, a jovem não levou a bolsa e nem os documentos.
Katsue morava sozinha em Cuiabá, tendo apenas uma prima que reside no bairro Tijucal. Policiais estão tentando localizar a família da garota.
Revolta popular
Revoltados com o crime na Pizzaria Fornalha, populares tentaram arrombar e saquear o estabelecimento comercial, no bairro Barbados. O prédio só não foi destruído porque um entregador de pizza acionou a Polícia Militar, que deteve um rapaz e o levou para o Plantão Metropolitano da Capital.
O rapaz seria preso por danos e depredação, mas o entregador de pizzas, que seria responsável pela pizzaria, não esperou a finalização da ocorrência e foi embora. Dessa forma, o morador revoltado foi liberado pelos policiais.
Segundo o relato de testemunhas, ao menos 10 pessoas, armadas com pedaços de paus e pedras, tentaram destruir a frente da pizzaria. Disseram que estavam revoltados com o fato de o jovem Weber Melques ter matado, esquartejado e queimado a vítima no forno.
Moradores próximos disseram que, caso os policiais não chegassem logo, toda a frente do imóvel seria destruída, principalmente as portas e a fachada.
Crime bárbaro
O assassinato de Katsue foi descoberto pelo próprio pai de Weber, o comerciante Francisco Gonçalves de Oliveira. Ele foi alertado por vizinhos sobre uma grande quantidade de sangue que havia na frente da pizzaria.
Além disso, testemunhas disseram que perceberam uma discussão e ouviram pedidos de socorro vindo da pizzaria, durante a madrugada.
A Polícia Militar foi acionada e, ao chegar no comércio, encontrou o forno ainda ligado. O Corpo de Bombeiros foi acionado para apagar as chamas.
Após as chamas apagadas, foi constatado que havia pedaços de ossos dentro do forno. O corpo da vítima foi totalmente carbonizado.
Policiais disseram que a cena do crime era chocante: havia muito sangue espalhado, além de panos sujos, que foram usados para limpar o local.
O assassino também lavou o local, mas não conseguiu remover todo o sangue que estava espalhado. Acredita-se que o corpo foi esquartejado para caber dentro do forno.
Procurado pela polícia
O delegado André Renato Gonçalves, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), já pediu a prisão preventiva do comerciante Weber Melques.
Ele é procurado pela Polícia de Mato Grosso. Quem souber de informações que podem levar à captura de Weber pode ligar no 190. A ligação é gratuita e o sigilo é garantido.
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