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Cidades
Sábado - 04 de Fevereiro de 2012 às 10:48

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O travesti Rosenildo Martins, 26, morreu após passar por uma cirurgia de lipoescultura reparadora em um hospital de Campo Grande (MS). Natural de Nobres (146 km a médio-norte da Capital), ele foi operado para a retirada de gordura e silicone industrial em um hospital infantil,que não contava com Centro de Terapia Intensiva (CTI). Na tarde desta quinta-feira (2), passou mal, teve várias paradas respiratórias e não resistiu.

Pelo procedimento, ele pagou R$ 8 mil, valor depositado na conta do médico. Fábio Sampaio, delegado responsável pelo caso, esteve no local com uma equipe de policiais. O hospital foi periciado e, no Instituto Médico Legal (IML), o corpo foi necropsiado. Sampaio afirma ser prematuro dizer qual a causa da morte de Martins. A expectativa é que, nos próximos dias, o médico responsável pela operação, Paulo Oliveira Lima, seja ouvido.

Em entrevista concedida na tarde desta sexta-feira (3), o médico considerou o caso uma fatalidade. Para Lima, a ausência da CTI não impediria o procedimento, uma vez que o Centro Cirúrgico é dotado de estruturasemelhante. Contou que a vítima teve uma queda de pressão brusca após a cirurgia e morreu. Uma das suposições do profissional é que Martins tenha sofrido um infarto. Ele negou que a retirada do silicone, endurecido, ao contrário da gordura que é líquida, tenha sido um fator determinante

Além do inquérito policial,o Conselho Regional de Medicina do Estado (CRM/MS)abriu uma sindicância para apurar se Lima infringiu o Código de Ética Médica. As investigações podem durar 6 meses e, se comprovado erro por parte do profissional, o cirurgiãopoderá ter o registro cassado. Presidente do órgão, Luiz Henrique Moreira salientaque o procedimento a qual Martins foi submetido não exige a existência de um CTI.

A necessidade deve ser avaliada pelo profissional e, geralmente, ocorre quando o paciente apresenta algum problema de saúde em seu histórico. A direção do hospital onde o procedimento foi realizado afirmou que não irá se pronunciar sobre o caso, uma vez que apenas alugou o centro cirúrgico para o médico.
 






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