Servidor do TRT do Rio é investigado pela Polícia Federal
A movimentação milionária em 2002, considerada suspeita pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), consta de um relatório recente entregue à Corregedoria do CNJ (Conselho Nacional de Justiça).
Segundo investigação da PF, anterior ao relatório do Coaf, Vieira integrou um esquema, entre 2008 e 2010, junto de empresários, servidores da Receita e policiais federais para a entrada ilegal de mercadorias no país.
As investigações apontam que brasileiros residentes nos Estados Unidos traziam equipamentos eletrônicos e não eram fiscalizados por auditores da Receita no aeroporto internacional do Rio.
Os produtos seriam vendidos a pessoas, no Rio, que faziam encomendas a Vieira. Em sua denúncia, o procurador Marcelo Freire diz que o grupo seria liderado pelo servidor do TRT.
A PF investiga se os valores movimentados na conta do servidor são produto desses ganhos e se outros servidores do tribunal faziam compras com ele.
A PF já descobriu que Vieira tem participação em sete empresas. Algumas em nome de laranjas.
Como servidor do TRT, Vieira é proibido de ter empresa. O tribunal decide na segunda se abre sindicância.
Vieira é funcionário do TRT desde 1991, mas passou cinco anos (1998 a 2003) cedido ao gabinete do deputado bispo Carlos Rodrigues, na Câmara dos Deputados.
A movimentação que o Coaf entendeu como "atípica" aconteceu no período em que Viera estava na Câmara.
Procurado, o advogado José Ricardo Lopes, que defende Vieira em processos na Justiça Federal do Rio, não foi encontrado. Rodrigues também não. Ontem, ele não foi ao tribunal, onde trabalha no setor de protocolo.
Comentários