A delegada Ana Paula Revelis, da Polícia Civil de Alta Floresta, cidade localizada a 800 quilômetros de Cuiabá, recebeu nesta segunda-feira (6) o laudo do exame de alcoolemia dos policiais militares envolvidos no atropelamento de uma estudante de 22 anos, que morreu após ser atingida pelo veículo da Polícia Militar. A delegada informou à reportagem do G1 que o condutor e o passageiro não estavam embriagados no momento do acidente.
A jovem Natália Marina de Carli Canhos morreu após ser atropelada, na madrugada do dia 17 de dezembro, em frente a uma casa noturna localizada no Centro de Alta Floresta. Ela estava com um grupo de amigos, chegou a ser socorrida e encaminhada a um hospital, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
A delegada disse também que aguardava apenas o resultado deste laudo para concluir o inquérito aberto para apurar o caso que, segundo ela, deverá ser concluído já na sexta-feira (10) e encaminhado para o Ministério Público Estadual (MPE), responsável por oferecer ou não denúncia contra os envolvidos.
Entretando, Ana Paula Revelis declarou que, com o resultado negativo quanto à embriaguês, o policial que estava conduzindo a viatura deverá responder por homicídio culposo (quando não há intenção de matar).
Velocidade
Outro laudo recebido pela delegada atestou que o veículo da Polícia Militar trafegava acima da velocidade indicada para a Avenida Ariosto da Riva, que é de 40 quilômetros por hora. As análises realizadas pela Perícia Oficial e Identificação (Politec) de Alta Floresta mostraram que o carro estava entre 91,46 km/hora e 101,09 km/hora.
Em depoimento à polícia, os policiais envolvidos no caso relataram que o acidente foi provocado por terem passado sobre um quebra-molas sem diminuir a velocidade. O condutor teria perdido o controle da direção e atingido a garota aproximadamente 80 metros depois. Ela foi arremessada para o meio da pista, segundo apontou a própria Polícia Militar em boletim de ocorrência.
Emocionado, o pai da jovem lembra do momento em que recebeu a notícia do atropelamento e os instantes finais da filha. “Por volta da meia-noite os telefones tocaram ao mesmo tempo em casa dizendo que a Natália havia sido atropelada. Ela ainda falou comigo dizendo que a perna dela estava doendo. Aí eu falei: filha, calma, eu estou aqui”, contou.
Comentários