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Sábado - 09 de Novembro de 2013 às 07:48

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O Ministério da Saúde anunciou nesta terça-feira (05) a assinatura de acordos com a indústria alimentícia para a redução de sódio em produtos laticínios (requeijão e queijo mozzarela), embutidos (linguiças, salsichas, hambúrgueres, mortadelas, presuntos e empanados) e sopas prontas. De acordo com o ministro da saúde, Alexandre Padilha, o índice de redução do teor de sal nesses produtos deve chegar a 68% em um período de quatro anos.

 

Essa é a quarta e última rodada de negociações entre o governo e a indústria para a redução de sódio em alimentos. Em 2011, produtos como massas instantâneas, pães, misturas para bolos, salgadinhos de milho, batata frita, biscoitos e maionese foram alvo da campanha contra o excesso de sal. No ano passado, o acordo incluiu temperos, caldos, cereais matinais e margarinas vegetais.

 

"Não é simples pensar em uma estratégia para 200 milhões de pessoas sem pensar em uma parceria de forte estímulo com a indústria. Qualquer medida que afaste a indústria e não estimule a inovação de novas formas de conservação de alimentos pode ter um resultado não positivo para a saúde”, disse Padilha, elogiando a disposição das empresas ao entrar em acordo com o governo.

A intenção do governo é minimizar o crescimento de doenças crônicas não transmissíveis no País, principalmente da hipertensão. Segundo o ministério, 24,3% da população brasileira informou ter hipertensão arterial na pesquisa Vigitel 2012. Para minimizar esse quadro, o acordo tem a pretensão de eliminar 28 mil toneladas de sódio até 2020.

 

Ainda de acordo com a pasta, a recomendação de consumo máximo diário de sal pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é menos de cinco gramas por pessoa. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o consumo do brasileiro está em 12 gramas diários.

 

"Reduzir a quantidade de sal consumida diariamente para 5 g poderia reduzir em 15% o número de AVCs (derrames) e em 10% o número de infartos, além de livrar 1,5 milhão de pessoas de medicação e dar quatro anos a mais de expectativa de vida aos hipertensos”, explicou Deborah Malta, diretora do Departamento de Análise de Situação em Saúde do ministério.

 

O ministro também vai apresentar hoje dados inéditos da pesquisa Vigitel 2012 - Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico - sobre a hipertensão arterial no país.

 

Com informações da Agência Brasil

 

 






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