Aproximadamente 170 médicos da rede municipal de saúde da cidade de Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, iniciaram uma greve nesta segunda-feira (06). De acordo com Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (SindMed), após uma reunião, os profissionais da saúde optaram pela paralisação por conta das más condições de trabalho e também pelo atraso na verba indenizatória, que é um complemento aos salários da classe. A Secretaria de Saúde afirmou que não foi notificada oficialmente sobre a greve.
A presidente do SindMed, Elza Luiz de Queiroz, informou ao G1 que somente os atendimentos de urgência e emergência continuam durante as negociações. “Iniciamos a greve hoje com um ato em frente ao Pronto-Socorro Municipal de Várzea Grande. Os atendimentos de urgência e emergência continuam precariamente”, pontuou. De acordo com a representante do Sindicato, o município de Várzea Grande tem um total 341 médicos e que metade dos profissionais estão em greve.
Alan Caetano é um dos médicos do Pronto-Socorro e afirmou que há mais de quatro meses não recebe o complemento do salário. “Já é a quarta verba indenizatória que não recebo. Além disso, só estamos com um centro cirúrgico em funcionamento. Disseram que iriam nos pagar uma parcela hoje mas até o momento não recebemos”, informou.
O secretário de saúde de Várzea Grande, Marcos José da Silva, em entrevista ao G1 informou que não sabia do início da greve, mas que o órgão está tomando medidas para resolver o problema nos pagamentos. “Estamos fazendo uma programação para pagar as verbas indenizatórias atrasadas, mas o salário da categoria está sendo pago rigorosamente”, defendeu.
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