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Sábado - 09 de Novembro de 2013 às 09:57

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Formada por três vagões com sete carros, a primeira composição do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) já está no Centro de Manutenção do modal, em Várzea Grande. Para isso, foram necessários seis meses de elaboração de toda a operação e 45 dias para o transporte dos trens.

De acordo com o CEO da Mac Logística, Everaldo Barros, o tempo de transporte desta composição foi mais demorado porque se trata de um teste para toda a cadeia logística, que englobará os 120 vagões e 40 módulos que compõem o metrô de superfície. Cada composição tem capacidade para transportar até 400 passageiros.

"Trata-se de uma logística bastante inovadora e que consumiu um tempo importante de toda a equipe de engenharia, de toda equipe de projetos para desenvolver uma logística, principalmente, segura", disse. A Mac Logística foi contratada para transportar os carros da fábrica da CAF, na Espanha, até a capital.

Em cima de três carretas, a composição deixou o Porto Seco de Cuiabá, no Distrito Industrial, ontem pela manhã, e, antes de ser levada para o Centro de Manutenção, percorreu avenidas de Cuiabá e ficou estacionada em frente à Praça das Bandeiras, na avenida Historiador Rubens de Mendonça (CPA), para apresentação à imprensa.

Conforme Barros, o manuseio é bastante delicado porque não pode haver içamento dos carros. "Toda essa operação decorreu de uma logística que permitisse toda a execução do trabalho sem içamento. Desde a Espanha, equipamos os caminhões que retiram (os vagões) da fábrica e os contêineres com trilhos, assim como as carretas aqui no Brasil", disse. "O maior percalço era certificar a garantia da integridade do VLT. Esse foi o nosso maior desafio e isso nós conseguimos”, acrescentou.

Para as próximas operações, Barros espera que o tempo de transporte das demais composições seja de 40 dias. "O mais longo é o transporte oceânico, em torno de 30 dias de viagem. Já o transporte rodoviário leva em média cinco dias do Porto de Santos (SP) até Cuiabá”, disse.

A entrega de todos os lotes, segundo Barros, irá seguir cronograma da Secretaria Extraordinária para a Copa do Mundo (Secopa). Até dezembro, mais quatro carros do VLT deverão desembarcar no Brasil. A previsão é que até abril de 2014 todas as composições estejam em Cuiabá.

Segundo Barros, os trechos a serem percorridos no transporte dos próximos carros já estão definidos e os vagões não mais deverão passar por dentro da cidade. Portanto, sairão do Porto Seco de Cuiabá diretamente para o Centro de Manutenção, onde o modal será descarregado sobre os 50 metros de trilhos já assentados no local e passará por testes de comunicação, passagem de energia, iluminação, ar condicionado, frenagem e aceleração.

O transporte da primeira composição do VLT durou praticamente toda a manhã, uma vez que as três carretas andam pela cidade em velocidade média de 30 km/h. À medida em que os vagões passavam, o trânsito era bloqueado por agentes de trânsito ou guardas municipais e, inevitavelmente, formavam filas de veículos. Em seguida, o trânsito era imediatamente liberado.

Ao menos na avenida Vereador Jorge Witizack, no Bairro Cristo Rei, em Várzea Grande, foi necessário que equipes da Cemat, que acompanhavam o comboio, erguessem os fios de energia elétrica para que as carretas com os vagões pudessem passar.

A obra do VLT está orçada em R$ 1,4 bilhão. O novo modal será implantado nas principais avenidas de Cuiabá e Várzea Grande, totalizando 22 quilômetros de extensão. Estão previstas 33 estações de embarque e desembarque e três terminais de integração.
 






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