O homem suspeito de transportar o pescado irregular, na forma de filé e peças inteiras, já teve duas passagens pela polícia, uma por crime ambiental e outra por formação de quadrilha. O passageiro do veículo também tem antecedentes criminais por envolvimentos com tráfico de drogas, furto e formação de quadrilha. Ambos são da cidade de Barra do Bugres.
Os dois foram autuados por crimes ambientais e o pescado encaminhado à unidade da Secretaria do Meio Ambiente (Sema) de Tangará da Serra. O material estava sem documentação obrigatória do estoque e transporte. O suspeito informou que os peixes foram pescados com uso de rede em rios da Bacia do Amazonas e que seriam comercializados em Cuiabá, na região do mercado do Porto.
Piracema
A piracema vigora em Mato Grosso no período de 01 de novembro a 29 de fevereiro, quando acontece a reprodução dos peixes. Neste período a pesca é proibida por lei. Só é permitida a pesca de subsistência para os ribeirinhos, que podem capturar três quilos ou um exemplar, não podendo comercializar de forma alguma. O objetivo é evitar que, durante a piracema, pescadores consigam depredar os rios do estado. E desta forma, manter os peixes vivos nos rios para que cumpram sua função natural de reprodução.
De acordo com as normas, quem for pego pescando poderá receber uma multa que vai de R$ 700 a R$ 100 mil, mais o acréscimo de R$ 20 por quilo ou fração do produto da pescaria. Além de preso e encaminhado à Delegacia de Polícia, onde será autuada em flagrante delito, podendo sair sob fiança se não for reincidente e, ainda, ter todo o produto da pesca, barcos motores e veículos apreendidos.
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