Estudo indica que risco cardíaco é passado de pai para filho
Um novo estudo mostra por que os homens são maioria entre as vítimas de problemas cardíacos. A resposta pode estar no cromossomo Y, que só os homens têm.
O estudo, publicado nesta quinta-feira (9) na revista "Lancet", mostra que quase todos os homens britânicos têm uma de duas variantes de um conjunto de genes em seu cromossomo Y.
Os que têm uma dessas variantes têm 50% mais risco de ter problemas cardíacos em relação aos que possuem a outra variante.
O risco foi observado independentemente de outros fatores como colesterol, fumo e diabetes.
Os pesquisadores dizem que o estudo ainda precisa ser reproduzido e que suas respostas não são definitivas.
Eles ainda não sabem quais genes do conjunto são responsáveis pelo maior risco cardíaco e nem por que eles têm esse efeito.
Segundo Virginia Miller, especialista em pesquisas sobre coração na clínica Mayo, nos EUA, e que escreveu um editorial acompanhando o estudo, os resultados mudam a abordagem sobre fatores de risco para doença cardíaca em homens.
Todo mundo conhece homens que fazem tudo errado --ignoram níveis de colesterol, fumam-- e não têm problemas cardíacos, afirma Miller. E todo mundo conhece homens que cuidam da dieta, da pressão e que não fumam e mesmo assim morrem cedo de infarto.
A mensagem do novo estudo, diz ela, é que alguns desses homens azarados herdaram mesmo fatores que levaram à sua morte.
Quando um teste for criado para identificar os genes responsáveis e os médicos souberem mais sobre seu funcionamento, pode ser possível proteger alguns desses homens dos infartos.
Comentários