Familiares e amigos da empresária Ângela Cristina Peixoto, de 32 anos, morta com 17 facadas dentro de casa em novembro do ano passado, se reuniram nesta segunda-feira (13) no Fórum de Cuiabá para cobrar a condenação dos responsáveis pelo assassinato dela. O marido da vítima, tido como suspeito de ser o mandante do crime, e dois suspeitos de executá-la serão ouvidos pela juíza Ana Cristina Silva Mendes, da 1ª Vara Especializada da Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher.
A mãe da vítima, Maria do Bom Despacho, disse ao G1 que a família quer Justiça, pois os culpados não podem ficar impunes. “Nossa família acredita e confia que isso não vai passar em vão. Como mãe, não tenho palavras para explicar o que sinto. Minha filha estava começando a vida, a conquistar as coisas e confiava nele [marido]", pontuou ao frisar que não era só a filha que confiava no suspeito, mas a toda a família.
Dona Maria conseguiu na Justiça a guarda provisória da neta de 7 anos, filha da empresária com o suspeito, que presenciou o crime. Ela contou ainda que na véspera do assassinato de Ângela, o genro convidou toda a família para passar o dia na casa deles. “Eu passei o dia todo com a minha filha, ele nos convidou para ir lá. Quis se passar por inocente e humilhou a nossa família”, desabafou.
A ligação do esposo de Ângela com a família dela também chocou a madrinha da vítima. Segundo Marildes Conceição Peixoto, o suspeito era muito próximo e demonstrava gostar dos parentes da vítima. “Nossa família era unida com a dele. No Natal de 2010, nossas famílias se juntaram, fizemos amigo oculto na chácara da mãe dele”, recordou.
O caso
Ângela foi morta com 17 facadas na madrugada do dia 16 de novembro do ano passado no bairro Jardim Presidente, em Cuiabá, por criminosos que invadiram a residência dela. Na ocasião, ela estava com o marido e a filha. O marido dela foi preso no dia seguinte ao crime quando deixava o cemitério em que ela foi sepultada. A polícia chegou até o suspeito depois que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Mato Grosso do Sul prendeu dois homens que estavam com uma caminhonete que pertencia à família.
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