No entanto, pelo menos 343 haitianos chegaram ao país de forma clandestina, após a mudança de modalidade na concessão de vistos. A maioria está em Tabatinga, município da Amazônia.
"Surgiram matérias da imprensa peruana dizendo que o governo está pensando em deportar de 30 a 40 haitianos. Não é verdade. Conscientes de que há um problema de transição de regime, também estamos verificando de que maneira poderemos regularizar a situação migratória desses haitianos", disse Rodrigo do Amaral Souza, diretor do Departamento de Imigração e Assuntos Jurídicos do Ministério das Relações Exteriores.
Segundo Souza, o Conselho Nacional de Imigração vai apresentar à Casa Civil uma proposta de regularização da situação desses haitianos.
Vistos
Em janeiro, o governo brasileiro anunciou uma nova modalidade de visto para os haitianos. Foi estabelecido um limite de 1,2 mil famílias beneficiadas com vistos de permanência por ano. A solicitação deve ser feita necessariamente na embaixada brasileira em Porto Príncipe, capital do Haiti, mas os critérios para obtenção do documento foram reduzidos.
Antes do anúncio da medida, quase a totalidade dos emigrantes do Haiti conseguia permanecer no país após chegar com auxílio dos chamados "coiotes", integrantes de máfias de rotas migratórias ilegais.
A autorização de permanência no Brasil por cinco anos é concedida a qualquer haitiano que possua passaporte e não tenha antecedentes criminais. Não é necessária apresentação de contrato de trabalho com empresa que tenha sede ou filial no Brasil.
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