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Cidades
Terça - 14 de Fevereiro de 2012 às 08:49

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Auditores da superintendência regional do Trabalho realizaram uma fiscalização na fábrica de cerâmicas, localizada em Nossa Senhora do Livramento, a 42 quilômetros de Cuiabá, para averiguar as condições de trabalho dos haitianos que estavam trabalhando no local. A inspeção ocorreu neste domingo (12) e um grupo de haitianos acabou abandonando a fábrica no dia 8 de fevereiro, sendo encontrados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), na rodovia.

Segundo o chefe de Fiscalização do Trabalho, Amarildo Borges Oliveira, os auditores terão o prazo de quatro meses para encerrar o relatório de inspeção na fábrica. Mas os dados preliminares, segundo Borges,apontam que a empresa não tem nenhuma irregularidade. “Os auditores não encontraram nenhuma situação de trabalho degradante”, informou ao G1.

Amarildo Borges informou também que os haitianos já receberam pelos 15 dias trabalhados. “Agora eles [haitianos] podem ir para qualquer lugar do país, pois eles têm o visto de trabalho”, informou o chefe de Fiscalização.

De acordo com Otto Frank, dono da empresa de cerâmica, o grupo não deixou o emprego por causa do salário, mas porque não demonstraram aptidão para o serviço. “Dois que vieram para trabalhar na empresa se adaptaram. Os outros são mais adaptados em serviço de cidade, em mexer com a internet e aqui não encontraram isso”, declarou.

O caso
Os seis haitianos deixaram o local onde estavam trabalhando na cidade de Nossa Senhora do Livramento, a 42 km de Cuiabá, na tarde de quarta-feira (8). Eles procuraram um posto da Polícia Rodoviária Federal que fica em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, afirmando que tinham percorrido o caminho até o local à pé.

O grupo alegou que o dono da empresa onde estavam trabalhando não cumpriu o salário estabelecido, pois o empresário havia combinado o valor de R$ 900, mas quando chegaram no estado ele havia informado que o salário seria de R$ 742.Segundo os haitianos, o dono tinha incluso as despesas de alimentação e moradia.

O dono da empresa negou as acusações. Ao G1, ele explicou que o grupo fugiu do local e que o salário de R$ 742 seria apenas inicialmente. Otto também negou que estaria cobrando as despesas de moradia e alimentação dos haitianos.
 





Fonte: Do G1 MT

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