MPE tem 4 pré-candidatos ao cargo de procurador geral
A sucessão no Ministério Público Estadual (MPE) promete ser uma das mais acirradas dos últimos tempos em função do clima tenso nos bastidores e de pelos menos quatro candidatos que já se articulam como pré-candidatos a procurador geral de Justiça. Estão no páreo os procuradores Edmilson Pereira dos Santos e Paulo Roberto Jorge do Prado, assim como os promotores Vinícius Gahyva e Roberto Aparecido Turin.
Ex-corregedor geral da Procuradoria Geral de Justiça, Edmilson é o único que fala abertamente em disputar a sucessão de Marcelo Ferra, primeiro promotor de Justiça a assumir o cargo de procurador geral, após a Assembléia Legislativa, numa manobra considerada eleitoreira e casuística para uma ala de procuradores de Justiça, ter mudado as regras da sucessão.
Paulo Prado, ex-procurador geral, não assume a condição de pré-candidato, mas o grupo situacionista quer vê-lo disputar contra os demais candidatos, que são considerados, em tese, de oposição. Prado é o atual chefe do Gaeco (Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado) e reluta em ser candidato, mas o grupo da situação considera-o como o melhor nome, na atual conjuntura.
O ‘clima tenso’ nos bastidores do MPE ficou mais evidente durante a reunião do Conselho Superior do Ministério Público Estadual, que decidiu, por maioria, manter o processo que investiga uma eventual participação do senador Blairo Maggi (PR) no escandalo dos maquinários, que resultou no desvio de R$ 44 milhões dos cofres públicos, no processo de licitação de 705 máquinas do programa MT 100% Equipado.
A coexistência pacífica entre os grupos da situação e da oposição ficou, de certa forma, impossibilitada pelo "fator Blairo Maggi", que passou a ser alvo dos oposicionistas no processo sucessório que se avizinha.
Primeira Atualização às 8h51/Mais informações em instantes
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