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Política
Terça - 14 de Fevereiro de 2012 às 21:17

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Índios caiapós mantêm refém um servidor da Funai (Fundação Nacional do Índio) em uma aldeia próxima ao município de Vila Rica (nordeste do Mato Grosso, na divisa com o Pará) para reivindicar ações do órgão na região.

A Funai enviou três servidores à aldeia Kapot Nhinore na segunda-feira (13) para apurar a explosão de um caminhão da fundação no dia 6. Segundo os índios, a explosão foi criminosa.

Dois desses servidores, que são indígenas, foram liberados para ir embora, mas o funcionário Manoel Aparecido Nunes de Melo, 42, foi feito refém.

A mulher dele, Fabrícia Batista da Silva, que trabalha na coordenação regional da Funai em Colíder (MT), disse que conversou com o marido via rádio na manhã desta terça.

Melo disse a ela que está amarrado, sem comer e beber --segundo Fabrícia, a coordenação avalia que Melo passa bem e deu essa informação a mando dos índios, para pressionar as negociações.

Segundo a assessoria de imprensa da Funai, os indígenas não aceitam a construção de duas pousadas na área.

O Instituto Raoni, organização que trabalha com índios da região, afirma que os caiapós cobram também a demarcação de terras e a volta do ex-coordenador regional, Megaron Txucarramãe, exonerado em outubro depois de ocupar o cargo desde 1995.

A Funai diz que tenta obter um helicóptero para negociar, com auxílio da Polícia Federal e do Ministério Público Federal. O transporte, segundo o órgão, é prejudicado pelo tempo chuvoso.

CASOS RECENTES

Em outubro de 2011, o presidente da Funai, Márcio Meira, foi feito refém por indígenas no Rio Grande do Sul.

Duas semanas depois, índios das etnias kayabi, apiacá e munduruku impediram a saída de funcionários da Funai e da EPE (Empresa de Pesquisa Energética) em uma aldeia indígena em Mato Grosso. 






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