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Política
Terça - 14 de Fevereiro de 2012 às 21:39

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A burocracia é o maior obstáculo para a implantação da infraestrutura necessária ao desenvolvimento do país, revela pesquisa inédita feita pela Fundação Dom Cabral. O trabalho ouviu 259 companhias instaladas no Brasil.

Dos empresários ouvidos, 86% afirmam que o trânsito burocrático na esfera pública retarda as obras de infraestrutura. A ingerência de políticos e a corrupção são apontadas como dois grandes males que atrapalham o cumprimento de cronogramas de obras em todo o território nacional.

O tamanho do descontentamento é grande: 51% dos empresários não estão satisfeitos com os portos, 67% têm péssima avaliação das estradas e 70% não gostam dos serviços oferecido nos aeroportos.

Para o empresariado, a questão não é só alocar recursos públicos. "Punir exemplarmente os corruptos" e "reduzir a complexidade burocrática" são, para a maior parte das empresas consultadas, as duas medidas mais importantes para que o país consiga implantar os projetos de infraestrutura nos prazos definidos.

A Dom Cabral também questionou a classe empresarial sobre qual deve ser a prioridade em investimentos públicos. A resposta: o rodoviário.

RODOVIAS

Considerado a forma mais ineficiente, o transporte rodoviário ainda é considerado a prioridade empresarial para investimentos públicos.

Segundo a pesquisa, 61% dos entrevistados apontam a "recuperação e ampliação de rodovias" como a prioridade nos aportes de dinheiro público. Entre especialistas, há razoável consenso de que o Brasil deve priorizar estruturas com maior capacidade de transporte, como as hidrovias e as ferrovias.

Hoje, 58% de tudo o que o país transporta é sobre caminhões. A meta para 2025 é que o transporte rodoviário seja reduzido a 30%, ampliando modalidades como o hidroviário e o ferroviário.

Segundo a pesquisa da Dom Cabral, metade da classe empresarial acha que o governo deveria priorizar duas obras: a duplicação da BR 101 (rodovia que corta o Brasil de norte a sul na faixa litorânea) e a construção do trecho norte do Rodoanel metropolitano de São Paulo, obra já licitada.

Em seguida, o empresariado aponta três obras ferroviárias de relevância para o país: acesso ferroviário ao Porto de Santos, Ferrovia Norte-Sul e o trecho norte do Ferroanel de São Paulo, ainda sem prazo para concessão.

Segmento de infraestrutura/obras mais importantes para o empresariado Consideram a obra muito importante ou importante
Rodoviário  
Duplicação da BR-101 51%
Rodoanel de São Paulo - Trecho Norte 50%
Duplicação da BR 116 48%
Ferroviário  
Acesso ferroviário ao Porto de Santos 32%
Ferrovia Norte-Sul 23%
Ferroanel de São Paulo Tramo Norte 21%
Portuário  
Melhorias no Porto de Santos 52%
Melhorias no Porto de Paranaguá 30%
Porto do Açu Rio de Janeiro 24%
Aeroportuário  
Aumento de capacidade de Terminais e pistas do Aeroporto de Guarulhos 40%
Aumento de capacidade de terminais do Aeroporto de Confins 30%
Aumento de capacidade de terminais do Aeroporto do Galeão 22%
Metroviário  
Expansão do metrô de Belo Horizonte 25%
Expansão da malha do metrô de São Paulo 24%
Ligação Metroviária entre os Aeroportos de Congonhas e Guarulhos 22%
Usinas hidrelétricas e linhas de transmissão  
Construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte 30%
Construção das Usinas Hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau; 30%
Linha de Transmissão Tucuruí Manaus 28%
Obras diversas  
Aumento da oferta de banda larga 54%
Aumento da oferta de redes de fibras óticas nas principais regiões metropolitanas 44%
Aumento na malha de concessões de rodovias federais 41%

Fundação Dom Cabral 






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