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Polícia
Quarta - 15 de Fevereiro de 2012 às 10:18

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KP/MidiaNews/Divulgação
Weber, que se entregou à Polícia Civil, na segunda-feira, pela morte de Katsue (detalhe)
Weber, que se entregou à Polícia Civil, na segunda-feira, pela morte de Katsue (detalhe)

O comerciante Weber Melques Venandes de Oliveira, 22, assassino confesso da jovem Katsue Estefane dos Santos Vieira, 25, está jurado de morte por um detento, que é pai de um dos filhos da jovem executada. Weber se entregou à Polícia Civil na tarde de segunda-feira (13) e foi conduzido para uma unidade prisional do Estado.

Ele matou a garota a facadas e, depois, jogou o corpo no forno da Pizzaria Fornalha, da qual é sócio com o pai, na Avenida General Melo, no bairro Barbado, em Cuiabá. O corpo ficou carbonizado e dificultou a identificação da vítima.

As ameaças, segundo informações obtidas pelo MidiaNews, teriam surgido de um detendo que cumpre pena por homicídio na Penitenciária Central do Estado e foi namorado de Katsue.

A jovem conheceu o rapaz quando fazia visitas a um preso, que era seu parente. Durante as visitas, Katsue manteve um relacionamento amoroso com o detento, chegando a ter uma filha com ele.

Quando o preso ficou sabendo da morte de Katsue e do modo como ela foi executada, ele teria ficado muito abalado e jurado Weber de morte. Mesmo dentro do presídio, ele enviou mensagens de ameaças a Weber e à sua família, jurando se vingar do assassinato brutal da ex-namorada.

Devido às ameaças, na PCE, Weber foi levado para o Centro de Ressocialização de Cuiabá, o antigo Carumbé.

O advogado de Weber, Paulo Fabrini, que acompanhou o seu cliente durante a apresentação à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), não escondeu a preocupação com a integridade física do comerciante.

Segundo Fabrini, um dos motivos que levaram Weber a se entregar foi o temor pela sua própria segurança e de familiares, que eram constatemente ameaçados, devido a grande repercussão do assassinato de Katsue.

O advogado disse ainda que o comerciante não apresentou justificativas para ter cometido o crime.

Fabrini avaliou que a morte cruel de Katsue é o reflexo da sociedade que "está contaminada por vícios e uso indiscriminado de bebidas e drogas".

"Esse crime não tem justificativa. Weber não apresentou nenhum motivo, apenas disse estar arrependido e que foi motivado pelo uso excessivo de drogas e álcool. É mais um reflexo da sociedade, que está perdendo os valores", analisou o advogado, em entrevista ao MidiaNews.

Confissão "pesada"

Weber confessou o crime ao delegado André Renato Gonçalves, que conduziu todas as investigações, e à equipe de investigadores da DHPP. Todos foram unânimes na descrição de Weber, durante a tomada de depoimentos.

Ele aparentava muita tranquilidade e descreveu detalhadamente como matou e queimou a vítima. O comerciante negou que tenha esquartejado o corpo de Katsue.

No depoimento, Weber contou que, naquele dia, saiu para beber e usar drogas e confirmou que pegou a vítima na frente de uma boate, na região da Estação Rodoviária de Cuiabá, no bairro Alvorada.

Ele disse que, logo que pegou Katsue, foram até a pizzaria, tomaram cerveja e consumiram muita droga, principalmente crack e cocaína. Já embriagado e sob os efeitos das drogas, ele teria sentido "vontade" de matar a vítima.

Ele alegou que pegou a faca e que conseguiu resistir "à vontade" por duas vezes; já na terceira, acabou não se contendo e esfaqueou Katsue no pescoço. No primeiro golpe, a jovem morreu.

Segundo o depoimento, ele teria ficado desesperado com o crime que cometeu e resolveu queimar o corpo de Katsue.

Friamente, Weber ligou o forno e colocou o corpo da jovem dentro. Primeiramente, ele deixou queimar as pernas e, depois, o restante do corpo.

Prisão e pena

Weber está no setor de triagem do Centro de Ressocialização de Cuiabá. Ele deve passar os próximos quatro dias no local, que é separado das demais alas. Depois desse período, o preso será encaminhado para alguma ala do presídio, provavelmente, a dos evangélicos.

Ele será acusado de homicídio qualificado, com agravantes, e tentativa de destruição de cadáver. Estima-se que, se condenado, deverá pegar uma pena de 30 anos. Weber já tem passagens na Polícia por assalto e receptação de produtos roubados.

 






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