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Cidades
Quarta - 15 de Fevereiro de 2012 às 10:36

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 Mais uma vez o Festival da Canção Inédita de Tangará da Serra (Tanfest), pode não acontecer. Isto porque o projeto enviado pelo Município para concorrer ao edital do Programa de Apoio à Cultura (Proac), do Conselho Estadual de Cultura (CEC), não foi aprovado por falta de força política dentro do CEC. 

Há vários anos sem representante no Conselho e sem a intervenção de nenhum político que defenda a aprovação dos projetos junto ao Estado, o município corre o risco de não realizar, pelo terceiro ano consecutivo, um dos festivais de músicas inéditas mais tradicionais de Mato Grosso, que já teve outras 13 edições até 2009, com a participação de intérpretes de todo o país.

O 14º Tanfest já está, inclusive, no calendário de eventos de 2012, entretanto, sem o apoio do Estado dificilmente acontecerá. A Prefeitura, que foi a proponente do projeto no Conselho, não possui recursos suficientes para a realização do evento, conforme informou a coordenadora de Cultura, Joeli Siqueira. 

Na última edição, em 2009, o 13º Tanfest contou com o apoio do CEC. Foi a última vez. Naquele ano, somente com premiação foram gastos aproximadamente R$ 20.000,00 – incluindo troféus. Para realizar um evento desta magnitude, entretanto, é necessário um montante bem maior, que pode chegar a cifra de R$ 40.000,00 – valor proposto ao CEC e rejeitado.

Em entrevista, Joeli disse que o Tanfest continua como prioridade e o Município buscará apoio em outras secretarias estaduais, como a de Turismo. “Nós vamos realizar o Tanfest sim, buscaremos outros meios para realizar”, falou. 

A coordenadora declarou que o projeto não foi aprovado porque a Prefeitura foi a proponente. “Os conselheiros alegam que as prefeituras possuem dinheiro para realizar eventos. Eles priorizam artistas independentes”, comentou. Por outro lado, as prefeituras de Matupá, Arenápolis e Acorizal conseguiram aprovar projetos que juntos somam mais de R$ 120 mil.

A técnica da Secretaria de Estado de Cultura (SEC), Zilma Queiroz de Souza, informou a esta reportagem que o projeto do Tanfest foi aprovado pela Análise Técnica, entretanto, foi recusado pelos conselheiros na plenária do dia 27 de janeiro de 2012. “A documentação estava toda certa, mas os conselheiros não aprovaram”, disse.

Atualmente, vários artistas de todo o estado tem posto em xeque a atuação do Conselho, formado apenas por representantes de Cuiabá (Alceu Marcial Cazarin, Eliane Fátima da Conceição, Everson da Silva Jesus, o Johnny Everson, Justino Astrevo de Aguiar, o Lau, e Mauro César Lara de Barros, o Procurador Mauro); de Cáceres (Antônio Carlos Viana da Costa, o Carlinhos Viana); de Várzea Grande (Pedro Luís Damas da Cunha); de Sinop (Rute Varea) e de Chapada dos Guimarães (Telma Meira de Rezende).

REGIÃO – Os artistas de Campo Novo do Parecis, cidade vizinha, também enfrentam a mesma situação – há vários anos os projetos culturais do município não são fomentados pelos recursos do Conselho Estadual de Cultura. Eventos como Fest Folclore e o Femute, que já foram contemplados em outros anos e que também possuem tradicionalismo não foram aprovados. 
 





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