Anvisa isenta Agnelo em segunda sindicância
A Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária) isentou o governador do Distrito Federal Agnelo Queiroz (PT) de responsabilidade na liberação de documentos de uma empresa, quando ele era diretor no órgão.
A Anvisa abriu sindicância em janeiro, a pedido do deputado Fernando Francischini (PSDB-PR). Segundo o corregedor da Anvisa, Ivon Carrico, "não restou identificada a responsabilidade administrativa [de Agnelo] nos autos da sindicância".
Em nota, Agnelo disse que "considera ter sido acusado com má-fé e ignorância pelos adversários, visto que os acontecimentos imputados sequer eram da alçada de sua diretoria".
O deputado havia classificado a liberação de documentos da Saúde Import como um "caso clássico de tráfico de influência". O dono da empresa, Glauco Santos, vendeu uma casa para Agnelo e fez negócios com familiares do governador.
Segundo a Anvisa, a sindicância abrirá processos administrativos para apurar a responsabilidade de outros agentes públicos envolvidos no caso.
Essa é a segunda sindicância que a Anvisa isenta Agnelo de responsabilidade. Na primeira, a Anvisa eximiu o governador de irregularidades na liberação de documentos da União Química. Como a Folha revelou, Agnelo recebeu R$ 5 mil de Daniel Tavares, lobista da empresa, no mesmo dia que liberou a papelada da farmacêutica. O governador diz que o dinheiro foi pagamento de um empréstimo.
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