Banco Mundial não prevê resgate para Itália e Espanha
O presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, afirmou neste sábado não prever que Espanha, Itália e Portugal precisem recorrer a resgates financeiros para solucionar suas elevadas dívidas, mas reiterou que as reformas em curso nestes países precisam do apoio da Alemanha e de outras nações europeias.
Zoellick, que deixará o cargo este ano, se mostrou otimista de forma cautelosa quanto ao crescimento da economia global em 2012, durante entrevista em Cingapura.
"É muito cedo para dizer, em parte porque depende de outras ações a serem tomadas pelos gregos", disse ele sobre o mais recente resgate aprovado para a Grécia, de €130 bilhões.
"Acho que a União Europeia tem de lidar com a Grécia como um elemento, mas a chave vai ser realmente o sucesso de alguns dos maiores países, como Itália ou Espanha", acrescentou, ponderando que os dois países e Portugal não precisam de resgate.
"A situação de cada país é diferente e realmente existem três problemas interligados. Para alguns, é o tamanho de sua dívida soberana, para outros, é o efeito sobre o setor bancário e, para outros, é a sua competitividade", disse, acrescentando que "Espanha e Itália precisam de tempo para fazer reformas".
Zoellick disse ainda que o apoio de outros países europeus também é crucial. "O que tentei sugerir, dada a situação política diante das reformas em alguns países, [é que] vai ser importante que Alemanha e outros líderes mostrem alguma esperança com as reformas e como eles serão apoiados por outros países europeus".
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