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Segunda - 27 de Fevereiro de 2012 às 14:00

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Superpopulação de animais faz TJMT proibir servidores de alimentar gatos
Superpopulação de animais faz TJMT proibir servidores de alimentar gatos
Servidores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso foram proibidos de alimentar e dar água para diversos gatos que se acostumaram a viver no estacionamento e arredores do órgão público, em Cuiabá. O problema começou depois que alguns trabalhadores começaram a reclamar da presença dos felinos no local no ano passado.

Em outubro do ano passado vários servidores procuraram a diretoria do órgão para denunciar problemas gerados pelos gatos. Segundo os servidores do órgão, a população dos gatos estava aumentando, causava mal cheiro no local e até atacava os trabalhadores.

A maior preocupação era de que os animais pudessem transmitir doenças aos filhos dos servidores que ficam em uma creche localizada dentro do Tribunal de Justiça. Na época, o Centro de Controle de Zoonoses (CZZ) foi notificado. Técnicos fizeram uma vistoria nos ambientes externos e encaminharam um relatório para a diretoria do TJ.

De acordo com o documento, foi constatado que os animais circulam livremente pelo local e que eles possuem fácil acesso aos espaços, inclusive à creche e até mesmo ao forro do estacionamento do órgão. Além de possíveis contatos com o bebedouro que as crianças utilizam na creche.

“Encontramos diversas inconformidades. Haviam muitos gatos que tinham abrigo, acesso e alimento no local. A preocupação é que esses animais não tem controle sanitário e vacinas, podendo estar propensos a tudo. As pessoas estão expostas a dermatites e doenças infecciosas”, informou ao G1 a coordenadora do CZZ, Alessandra Carvalho.

Ainda segundo a coordenadora, os servidores foram orientados a não alimentarem os bichos. “Quem gosta de animal tem que cuidar e não apenas dar comida naquele momento. O procedimento correto é que adote, leve a um veterinário e vacine. Eles precisam de comandos e de um lar”, orientou.

Alessandra ainda afirmou que uma captura dos animais não irá solucionar o problema, uma vez que eles se reproduzem com facilidade e rapidez. Uma nova vistoria deve ser feita na semana que vem, para averiguar se as medidas foram atendidas. E caso seja necessário, os felinos podem ser retirados do local e levados para o CZZ.

Problemas

Animais eram alimentos por servidores. (Foto: Denise Soares/ G1)

Animais eram alimentados por servidores.
(Foto: Denise Soares/ G1)

No TJ, os servidores passaram pelas orientações e até uma campanha de adoção de animais foi realizada. Para o coordenador de saúde da unidade, Homero Florisbelo, os felinos já causaram transtornos aos funcionários. “Os próprios servidores colocam a ração para os gatos. Tivemos dois casos de servidores que foram mordidos e um acidente. Também existe o mal cheiro e gatos que se escondem nos motores dos carros”, detalhou.

Homero contou que no ano passado um dos gatos entrou na caixa de força do estacionamento e causou um curto-circuito. Já os servidores "atacados" tomaram vacina contra raiva. No entanto, o CZZ informou que não foi notificado de nenhum ataque.

Para Maria Gonçalves, a presidente da Associação Voz Animal (AVA), instituição de proteção aos animais de Cuiabá, é necessário fazer um trabalho de conscientização. “O tribunal deve reunir as pessoas que desejam adotar e chamá-las para adotar. Os animais devem ser levados para um espaço adequado para esperar os interessados”, explicou.





Fonte: Do G1 MT

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