A água começou a invadir as casas do bairro Mapim por volta das três da madrugada. A força da água chegou a derrubar o muro que cercava um terreno. Um morador do bairro, que também teve a casa invadida pelas águas, ficou assustado com a força enchente. “ É a primeira vez que acontece uma enchente tão brava dessa. Outras vezes já tinha acontecido, mas não desse tipo”, desabafou Joaquim Botelho. Ele perdeu boa parte dos móveis com essa enchente e teve que fazer um buraco na parede da cozinha para escoar a água. “ O guarda-roupas acabou. A água foi tão forte que até uma caixa d"água de mil litros, a chuva arrastou”, lamentou Joaquim.
Para surpresa dos moradores, até um peixe foi parar em uma residência perto do Córrego da Onça, que passa pelo bairro Mapim. Rui Almeida, que mora no bairro, afirma que sua família não quer mais morar na região e que decidiu se mudar com a família para outro lugar mais seguro.
Pela manhã desta segunda-feira(27) a Defesa Civil de Várzea Grande tinha prestado atendimento a dez famílias vítimas da enchente. Conforme o coordenador da Defesa Civil, Juliano Lemos, as famílias desalojadas serão monitoradas. “Se as famílias não estiverem cadastradas por parte da defesa civil no programa habitacional “Minha Casa Minha Vida”, vamos cadastrá-las”, explicou.
De acordo com a Defesa Civil de Várzea Grande, desde de julho do ano passado até agora cerca de 950 famílias já foram retiradas de área de risco. Essas pessoas se mudaram para residências que foram construídas pelo programa, “Minha Casa Minha Vida” do governo federal. Cerca de 30 famílias foram desalojadas e uma foi para abrigo.
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