Mortos na Antártida serão heróis nacionais e famílias receberão indenização
O primeiro-sargento Roberto Lopes dos Santos, 45, e o suboficial Carlos Alberto Vieira Figueiredo, 47, mortos no incêndio da Estação Antártica Comandante Ferraz, na Antártida, serão considerados pelo Ministério da Defesa "heróis nacionais".
Ambos foram promovidos "post-mortem", ontem à noite, a segundo-tenentes, e receberão a Ordem do Mérito da Defesa no grau de comendadores.
Os corpos dos dois militares chegam nesta terça-feira por volta da 7h ao Brasil. As famílias dos dois também serão indenizadas pelo governo.
O valor da indenização pode chegar a R$ 500 mil. Além desse dinheiro, os filhos em idade escolar recebem um auxílio até o ingresso na universidade. Santos deixou dois filhos: Allan, 14, e Aline, 18. Figueiredo também tinha dois filhos: Vinícius, 25, e Vítor, 20.
A proposta deve antes passar pela aprovação do Congresso.
Os dois militares serão recebidos com uma cerimônia de honras militares, no aeroporto do Galeão, Rio de Janeiro. O ministro Celso Amorim (Defesa) e o comandante da Aeronáutica, almirante-de-Esquadra Julio Soares de Moura Neto, estarão presentes.
Amorim destacou a "bravura" de Santos e Figueiredo para justificar as promoções e o recebimento do mérito.
Nesta segunda-feira, o embaixador do Brasil no Chile, Frederico Cezar de Araújo, comandará na base chilena Eduardo Frei, uma cerimônia com honras militares, antes de os corpos deixarem a Antártida.
O Ministério da Ciência e Tecnologia deverá indenizar em R$ 10 mil os pesquisadores que estavam na base para suprir perdas pessoais que ocorreram no incêndio.
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