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Terça - 28 de Fevereiro de 2012 às 09:49

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O Ministério Público denunciou (acusou formalmente) o vigia Alexsandro Abílio de Farias por homicídio qualificado pelo assassinato de Adriano Henrique Maryssael de Campos. A denúncia foi protocolada na tarde desta segunda-feira (27), na 12ª Vara Criminal da Capital.

O empresário, dono do restaurante que leva seu nome, foi executado a tiros no dia 21 de junho de 2011, no interior da agência do Banco Itaú, localizada na Avenida Carmindo de Campos, região do Coxipó, em Cuiabá.

Conforme a denúncia, o vigia responderá por homicídio qualificado – recurso que dificultou a defesa por parte da vítima. Pelo crime, poderá ser condenado de 14 a 16 anos.

Alexsandro está foragido. Caso não seja capturado – ele está com a prisão preventiva decretada -, o processo segue normalmente.

A lei prevê que o vigia será citado por edital, e um defensor publico será nomeado para sua defesa e, com isso, a audiência única poderá ser marcada. Após esse trâmite, o processo fica parado, até ele ser encontrado.

“Mesmo que isso ocorra daqui a 20, 30 anos, a partir daí, o processo segue normalmente e só então é que ocorrerá o júri popular”, revelou um policial da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que investigou o assassinato.

Adriano foi morto quando saía da agência do banco após uma discussão com Aleksandro. Este fugiu em seguida.

O segurança se apresentou à Polícia uma semana após o crime e, como não estava com a prisão decretada, foi liberado.

Ele relatou ao delegado Antônio Carlos Garcia, da DHPP, que estava sendo vítima de discriminação por parte do empresário, cliente da agência, e sempre era insultado. O motivo era a porta giratória, onde o empresário ficava retido.

Na saída, ele teria sido insultado com adjetivos como “preguiçoso” e “preto”. Então, sacou o revólver calibre 38 usado no trabalho e atirou três vezes, atingindo o rosto e as costas do empresário, que morreu no local, antes de entrar na porta giratória.

Para o delegado, houve premeditação do crime, uma vez que o vigia esperou a vítima se preparar para sair e entrar na porta giratória, para atirar. “Não houve nada de espontâneo”, disse.

Garcia, no entanto, disse que  tudo isso não justificaria o assassinato, pois o problema poderia ser solucionado de outra forma. “De maneira alguma (o vigia agiu da forma correta)”, ressaltou.

Além do crime de homicídio, Aleksandro praticou o roubo de uma motocicleta, utilizada para fugir do local.

O Restaurante Adriano, que pertencia ao empresário, é especializado em comida italiana, fica na Avenida Getúlio Vargas e é um dos mais tradicionais da cidade.






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