Funcionários do PS cobrariam propina e conselho investiga
Funcionários do Pronto-Socorro de Várzea Grande estariam cobrando propina para burlar a fila de espera por cirurgias. Para ter acesso a um atendimento mais célere, os pacientes teriam que desembolsar de R$ 2 mil a R$ 6,5 mil. A denúncia foi feita pelo MTTV 2ª edição, da TV Centro América, afiliada da Rede Globo. O caso é investigado pela gestão municipal e pelo Conselho Estadual de Medicina.
Essa não é a primeira vez que funcionários são acusados de cobrar, ilegalmente, para furar a fila. No ano passado, o Ministério Público denunciou 9 servidores do pronto-socorro de Cuiabá por venda de lugares e por retirar medicamentos de forma irregular da unidade de saúde.
No caso de Várzea Grande, os pacientes que aguardam meses para serem atendidos estão revoltados. O esquema veio a público depois que o segurança do hospital Edson Fernando da Silva foi preso em flagrante recebendo dinheiro para transferir um paciente. Uma dona de casa contou que estava internada e precisava fazer uma cirurgia. O marido dela foi procurado por dois funcionários da unidade. Eles propuseram agilizar a transferência e, assim, viabilizar o procedimento. Um deles cobrou R$ 6,5 mil, como não houve acordo, foi feita uma contraproposta de R$ 2,5 mil.
A paciente foi transferida, mas quando descobriu que não era para um hospital particular, como tinha combinado, e sim uma unidade pública, resolveu denunciar. O marido procurou a polícia e o segurança foi preso na porta da unidade recebendo R$ 500. O delegado Ivar Polesso suspeita que outros servidores estejam envolvidos no esquema, um deles seria o ortopedista que atendeu a paciente. A diretoria do PS também abriu uma sindicância para apurar o fato. O diretor Geraldo de Araújo diz ter estranhado a rapidez com que a paciente foi transferida para o Metropolitano e garante que vai afastar os envolvidos - veja a reportagem aqui.
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