A alta entre os períodos ocorreu mesmo ainda havendo no estado plantas frigoríficas que mantiveram suas atividades paralisadas no ano passado, além do fechamento de unidades, a exemplo de uma empresa em Rondonópolis, município a 220 quilômetros de Cuiabá.
Para o Imea, a evolução da utilização industrial ocorreu apoiada na retomada dos abates de quatro unidades desde novembro de 2010 e que antes se encontravam paralisadas. "Alguns frigoríficos de grupos que entraram em recuperação judicial passaram para o controle de outras unidades, que assim retomaram as atividades", ponderou Carlos Ivam Garcia, analista do Imea. O uso de fêmeas para abate também exerceu parcela de contribuição no contexto.
Oferta e demanda
Em seu relatório semanal o Imea pontuou que de maneira geral, a utilização da capacidade industrial registrou recuperação em todas as regiões. No entanto, o nordeste do estado apesar da ligeira evolução, segue como a região mais prejudicada pela paralisação das atividades de plantas frigoríficas, que levou a uma utilização da capacidade frigorífica instalada de apenas 20%.
A região noroeste apresentou uma significativa recuperação da utilização da capacidade, passando de 40% em 2010 para 68% no ano passado. A região médio-norte também apresentou recuperação da utilização. No entanto, como esta região representa apenas uma pequena participação da capacidade industrial de Mato Grosso, não foi significativa a ponto de elevar em maior nível a média estadual, apontou o instituto.
Cada vez mais novos
Entre 2010 e 2011 os pecuaristas de Mato Grosso disponibilizaram um volume de animais 12,4% maior para abate. O total abatido avançou de 4,333 milhões a outros 4,8 milhões de cabeças, segundo balanço da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat).
Luciano Vacari, superintendente da associação, ressalta que o crescimento no volume só foi alcançado porque o setor recorreu ao plantel de fêmeas. Em 2011, dos mais de 4,8 milhões de bovinos fornecidos, 44,6% eram fêmeas. A utilização de fêmeas em 2011 foi a maior desde 2006, quando correspondeu a 49,4%.
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