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Internacional
Quarta - 29 de Fevereiro de 2012 às 20:48

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A Organização das Nações Unidas afirmou nesta quarta-feira que a subsecretária-geral do organismo para Assuntos Humanitários, Valerie Amos, continua na Jordânia esperando uma permissão das autoridades sírias para entrar no país, uma decisão que Damasco continua adiando apesar de sucessivos pedidos.

O porta-voz do organismo, Martin Nesirky, esclareceu que a Síria ainda não rejeitou formalmente o acesso de Amos a seu território, mas não se pronunciou sobre "uma data exata" para que ela possa entrar no país e analisar qual é a situação local, enquanto persiste a repressão e a violência.

"A Síria não rejeitou até agora a entrada de Amos, mas também não acordou uma data. Amos foi extremamente flexível, está na região e ainda está preparada para ir à Síria em qualquer momento", explicou Nesirky à imprensa na sede central da ONU em Nova York.

O porta-voz reiterou que Damasco adiou uma decisão várias vezes, mas não rejeitou o pedido de Amos até este momento, e ainda não deu sinal verde.

Em qualquer caso, ele lamentou o atraso das autoridades sírias e ressaltou que se trata de "uma boa oportunidade" para que o regime do presidente Bashar al Assad demonstre "que sua população é importante".

Fontes do Escritório para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), liderado por Amos, explicaram à Agência Efe que a possibilidade de que a subsecretária-geral possa entrar na Síria "ainda está aberta".

Entretanto, as fontes destacaram a frustração de Amos, já que ela estava "pronta para entrar na Síria na semana passada", quando o secretário-geral, Ban Ki-moon, lhe pediu que visitasse o país. Enquanto isso, "o tempo passa e Damasco não oferece uma data concreta", ressaltaram.

COMUNICADO

Valerie Amos emitiu comunicado nesta quarta-feira dizendo que o regime sírio não aprovou sua entrada no país, apesar de diversos pedidos às autoridades locais.

Amos disse que está "profundamente desapontada" por não poder fazer um encontro com representantes do governo do ditador Bashar al Assad. De acordo com a representante da organização, a intenção era "discutir a situação humanitária e a necessidade de acesso desimpedido às pessoas que queiram fugir da violência".

A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Susan Rice, disse em comunicado que é "vergonhoso" que a Síria tenha negado a entrada de Amos no país, e lembrou que "a desesperada falta de alimentos, remédios e artigos de primeira necessidade" na Síria tornam urgente o acesso humanitário ao país.

"Ao invés de responder às necessidades de seu povo, o bárbaro Governo da Síria está preparando seu ataque final sobre Homs", disse Rice, para quem a escassez de alimentos levará os cidadãos sírios, especialmente as crianças, a morrer de fome em breve.

Segundo a ONU, o aumento da violência no Governo ditatorial de Assad contra os grupos de oposição e civis causou mais de 7.500 mortos na Síria durante as revoltas, que já duram 11 meses. Entretanto, organizações defensoras dos direitos humanos no país árabe acreditam que este número possa ser ainda maior. 





Fonte: DA EFE

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