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Política
Segunda - 12 de Março de 2012 às 08:26

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O que era para ser uma festa acabou se tornando um desabafo público de quem admitiu passar amarguras, mas estar convicto de que está cumprindo o que prometeu nas ruas nas eleições de 2010, quando foi reeleito governador de Mato Grosso, após passar quase quatro anos com vice do hoje senador Blairo Maggi (PR) que antes (2003/2006) já tinha um mandato de governador e que quando foi reeleito em 2006, trocou sua então vice, Iraci França por Silval Barbosa (PMDB).

"Muitos apostam no nosso insucesso mas vão errar, pois estou convicto do que faço e que os momentos de dificuldades enfrentados são comuns em qualquer administração pública, na minha, na da presidente Dilma ou de qualquer outro gestor", frisou Silval Barbosa garantindo que as dificuldades não são sinônimos de fraqueza política ou eleitoral e que: "no meu governo nada será varrido para debaixo do tapete. Se existem problemas, fraudes, desviou, não importa o que, tudo será apurado e os responsáveis punidos".

Em forte tom com palavras milimétricamente Silval Barbosa fez uma prestação de contas de seu governo e demonstrou através de palavras que detém o comando e que não abre mão de suas convicções políticas. "Não estamos patinando, pelo contrário, estamos fazendo as coisas com a segurança exigida para que amanhã ou depois não existam criticas, muito comum entre os que apostam no nosso insucesso de olho nas eleições deste ano e de 2014", cutucou o governador.

Crise Econômica - Qual o gestor não passa por crise econômica na atualidade com países inteiros quebrando, esbravejou o governador ao tecer comentários de que muitos apostam no insucesso de suas ações, mas estes não terão sucesso em sua empreitada. "Declarei a necessidade de tomar providências, cortas despesas e economizar não porque existe um furo nas finanças públicas, mas sim para evitar que no futuro se tenha um furo, diante da instabilidade da economia mundial, aquela mesma que Mato Grosso e o Brasil estão intimamente ligados", ponderou.

O chefe do Executivo estadual fez um comparativo de que a presidente Dilma Roussef (PT) assim como ele assumiu um governo de continuidade, após oito anos de mandato do presidente Lula e foi obrigada a contingenciar R$ 55 bilhões no orçamento de 2012, após ter contingenciado R$ 60 bilhões no orçamento de 2011. "Só o corte deste ano, que vai nos afetar, assim como afetará, São Paulo, Rio, Bahia, Paraná, enfim todos os Estados, é nada mais nada menos do que cinco vezes o orçamento total de Mato Grosso, então precisamos nos adequar e entender os sinais da economia para que amanhã ou depois não sejamos feitos de refém neste processo. Todas decisões no sentido de preservar o equilíbrio entre as receitas e despesas é válido e importante, por isto aqui não é meu, nem de ninguém e sim da sociedade, da população", sinalizou Silval Barbosa apontando para um plateia e alertando a todos que a tendência é dos adversários políticos venderem dificuldades para desestabilizar sua administração.

Salários - Silval Barbosa disse ainda que insinuações de um possível atraso salarial para o funcionalismo público são nada mais nada menos do que informações distorcidas de pessoas que vendem dificuldades para barrar Mato Grosso e seu momento econômico que deveria ser melhor explorado pelas autoridades federais. "O Poder Público tem que fazer ajustes para se adequar a sua realidade, já o Estado, a economia não, pois ela é pujante e crescente. Mato Grosso é responsável por mais de 40% do superávit da Balança Comercial e, no entanto, não está nem entre os 20 Estados mais atendidos pelo Governo Federal, que mesmo com dificuldades tem sido parceiro e nos auxiliado a realizar um grande trabalho de infraestrutura e de ações pró-ativas", explicou.

O Tesouro Estadual vai consumir mais de R$ 5 bilhões em salários com todos os Poderes Constituídos, sendo o maior de todos o Executivo e segundo o governador Silval Barbosa, enquanto ele estiver no comando, salário aqui será prioridade e o que for de direito do servidor será quitado como manda a lei e a ordem.

Copa do Mundo - No tocante a Copa do Mundo de 2014, o chefe do Executivo estadual voltou a atacar os adversários se identificá-los, pontuando que toda sorte de dificuldades e burocracia são lançadas contra as ações de Mato Grosso. "O que se pode colocar de obstáculo contra nossa atuação está sendo feito", disse Silval, assinalando como exemplo burocrático os recursos da ordem de R$ 380 milhões do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit), para obras de mobilidade urbana.

"Quando estavam no Dnit, as obras seriam feitas com projetos básicos, licitações via Ministério dos Transportes e tudo mais. Depois dos problemas e denuncias na entidade, o governo do Estado teve que assumir as licitações para que as obras não ficassem prejudicadas, aí o valor virou metade R$ 175 milhões e não puderam mais ser feitas apenas com projeto básico, exigiu-se projeto executivo. Este tipo de entrave que nós condenamos, mas não tem problemas, assumimos, fizemos as licitações e espero em pouco mais de 60 dias todas estas obras estarem em andamento e sendo contempladas pela população, pois o legado da Copa do Mundo será os benefícios que nós pudermos deixar para o conjunto da sociedade".

Saúde - Silval Barbosa apontou que o modelo existente no poder público é falho e que está procurando melhorar dentro das condições financeiras do Estado que são limitadas. Ele sinalizou que por mais criticas que existam, elas tem sido descartadas pelos resultados obtidos nas instituições hospitalares como o Metropolitano de Várzea Grande que levou mais de oito anos para ser construído e inaugurado, o que acabou acontecendo em sua gestão.

"Esta unidade hospitalar só está funcionando porque assumimos compromissos e fomos a Brasília batalhar pelos recursos, do contrário continuaria parado", disse Silval Barbosa se comprometendo ainda no seu governo deixar pronto o Hospital Universitário Júlio Muller e o Hospital das Clinicas, outra obra que nunca foi inaugurada. ‘Não é fácil você assumir uma obra de 30 anos e colocar a mesma para funcionar. Estamos nos empenhando e acreditamos na retomada e conclusão destas duas unidades que transformarão para melhor a saúde em Mato Grosso.

Silval disse que acompanha passo a passo a atuação das OSs - Organização Social de Saúde e que vai cobrar e exigir resultados, principalmente nos municípios para que não haja a superlotação dos Pronto Socorros de Cuiabá e Várzea Grande.




Fonte: A Gazeta

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