Colega de trabalho de Daniel reconhece Damião no local
(Atualizada às 15:44) Um dos funcionários da empresa em que Daniel trabalhava confirmou ter visto Damião no local dias antes do assassinato. Testemunha da acusação, ele afirma ter reconhecido o acusado.
Outro funcionário que também prestou depoimento há pouco contou que, cerca de 3 semanas antes do crime, Daniel comemorou por ter recebido um dinheiro que ele afirmava ter sido em pagamento de uma dívida antiga.
A acusação tenta confirmar, com estas duas últimas testemunhas, a ligação de Damião e Daniel, sugerindo que o encontro na empresa teria sido para o pagamento da primeira parcela dos R$ 3 mil.
Dentro de instantes começam a ser ouvidas as testemunhas de defesa.
(Atualizada às 14:25) Primeira pessoa a ser chamada por Damião, o vizinho do casal, Cabo Azevedo, afirmou, em seu depoimento, que o acusado o procurou para relatar o roubo de sua caminhonete.
Azevedo o ajudou a informar a ocorrência à Polícia e, somente após o procedimento, que levou de 15 a 20 minutos, perguntou ao vizinho sobre a esposa. Segundo o cabo, apenas neste momento Damião relatou que Ângela tinha sido esfaqueada e, a partir daí, chamara o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para prestar socorro.
(Atualizada às 14:05) Em seu depoimento, a irmã de Ângela, Angélica Maria Peixoto, afirma ter encontrado, um dia antes do assassinato da empresária, 2 malas embaixo de uma cama em um dos cômodos da casa da vítima, que pareciam estar carregadas de drogas.
A testemunha também relatou que durante o velório de sua irmã, Damião estava de posse de seu telefone celular e, portanto, poderia ter sido localizado ou avisado da ação policial.
Ainda, de acordo com Angélica, em nenhum momento a filha do casal comentou que os pais teriam ficados trancados no quarto. Ela ainda ressalta que o cômodo não possui grades e, caso eles tivessem sido presos no local, poderiam ter tentado escapar ou pedir socorro pela janela.
(Atualizada às 13:05) Terminou agora a pouco o depoimento de Maria do Bom Despacho, mãe da empresária Ângela Peixoto, morta a mando do marido, Damião Francisco Rezende no ano passado, em Cuiabá.
Maria disse também que Damião não costumava dormir com a filha do casal, o que ele fez no dia do crime. Ela acredita que Ângela tenha sido dopada antes de morrer.
O julgmento de Damião continua com o depoimento da irmã de Ângela, Angélica Maria Peixoto que neste momento já está depondo.
A mãe da empresária disse ainda que o crime foi premeditado e começou a ser planejado no dia que o casal voltou a se relacionar, depois de 6 meses separados.
A 2ª audiência de instrução dos acusados pela morte de Ângela, acontece no prédio do Fórum de Cuiabá nesta terça-feira (13). O caso, registrado em novembro do ano passado, chocou a opinião pública. Damião teria contratado Maycon José Cardoso, 22, e Daniel Paredes Ferreira, 20. Simulando um assalto, a dupla desferiu 24 facadas em Ângela. De acordo com o processo, após dar algumas facadas, a dupla saiu do cômodo onde a vítima estava e ao contar a Damião que ela ainda não estava morta receberam a ordem para “terminar o serviço”.
No dia 13 de fevereiro, data da 1ª audiência, o advogado de Damião havia pedido o adiamento da audiência, pois alegou não ter tido tempo para preparar a defesa. Neste dia, Daniel obteve o benefício da delação premiada e, em procedimento sigiloso, contou com detalhes o crime. Além do trio, participaram do crime Kleber Azevedo dos Santos, 25, e Eduardo Bezerra do Nascimento.
O Caso : Damião Francisco de Rezende, 33, ofereceu R$ 3 mil aos homicidas para que forjassem um roubo à residência da família e assassinassem a mulher. Pelo acordo, além do dinheiro, os criminosos poderiam levar todos os objetos de valor da casa, bem como a caminhonete da vítima. O esquema foi descoberto pela Polícia após a prisão de Maycon José Cardoso Nogueira, 22, e Daniel Paredes Ferreira, 20, em Mato Grosso do Sul. Eles foram pegos pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) na cidade de Miranda, com a caminhonete S10, cor preta, levada no roubo, e confessaram o crime.
Damião foi preso após o sepultamento da mulher, no cemitério Parque Bom Jesus, por volta das 22 horas. Em depoimento, ele negou ter mandado matar a esposa e, segundo o delegado Anderson da Cruz Veiga, da Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos, manteve a versão de latrocínio (roubo seguido de morte). (Colaborou Gláucio Nogueira).
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