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Terça - 13 de Março de 2012 às 19:12

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O Município contratou a empresa AJ Engenharia para a elaboração de projeto de estacionamento rotativo Zona Azul a ser implantado em Tangará da Serra. O contrato foi assinado ontem à tarde pelo prefeito Saturnino Masson (PSDB) e pelo representante da empresa engenheiro de tráfego Rafael Dettoni, em reunião com a presença do secretário municipal de Infraestrutura Ronaldo Diniz, do vereador Welington Bezerra (PR) e dos representantes da Associação Comercial e Empresarial, Herman Cavallari e Rubens Jolando.

A empresa foi contratada por R$ 56 mil para elaborar o projeto de engenharia que vai definir a área delimitada para estacionamento rotativo no Município, elaborar a regulamentação da lei da Zona Azul e para a a elaboração de um termo de referência para a contratação da empresa que vai explorar todo o sistema de estacionamento rotativo.

Para o prefeito Saturnino Masson, que foi autor da Lei da Zona Azul, ainda em seu primeiro mandato, em 1994, a implantação do estacionamento rotativo é uma necessidade diante do crescimento da cidade. “Naquela época a população já cobrava que tinha a necessidade”, lembra. Saturnino defendeu a contratação de uma empresa para fazer o levantamento ao explicar que apesar de ser equipe competente, a equipe de técnicos do Município já esta sobrecarregada.

“É um projeto bastante complexo e requer pessoa com conhecimento. Estamos trazendo técnicos da capital que já trabalharam com este sistema de trânsito com bastante conhecimento, para que possamos fazer um serviço de qualidade. Não é que não temos técnicos bons, mas estão ocupados com outros trabalhos”, diz o prefeito ao garantir que o projeto irá resguardar as vagas de idosos, deficientes e de carga e descarga.

O secretário Ronaldo Diniz explica que o movimento da cidade justifica a preocupação da gestão municipal. “Tangará da Serra cresceu, o trânsito é outro, bem diferente de 1994 quando a lei foi instituída. Então contratamos a empresa para fazer esse bojo de documentos que é o projeto de engenharia, regulamentação da lei e o termo de referência para a contratação da empresa que vai explorar o sistema. Nesta reunião nós chamamos Acits, CDL, Astande, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, imprensa, para justamente colocar a par da população todas as ações desenvolvidas em relação a Zona Azul até o momento”, contou.

De acordo com o secretário os trabalhos da empresa começarão ainda esta semana, com o levantamento quantitativo de vagas e possibilidades de estacionamento. O levantamento vai subsidiar o projeto e também o termo de referência para que a empresa que for contratada saiba o número de vagas a serem exploradas.

Diniz explica que, apesar de ter definição de que os estacionamentos rotativos serão explorados, o Município ainda não decidiu como será essa exploração. “Basicamente a empresa terá que fazer a contratação de monitores que irão fazer a parte de fiscalização. Então esses monitores vão andar com os tickts, e nestes tickts eles vão anotar a permanência do veículo na vaga de estacionamento. Então essas vagas que vão constar no projeto vão ser exploradas comercialmente. A gente ainda está num processo de discussão para ver se essa exploração poderá ser feita através de associação, ou qualquer pessoa que tenha empresa poderá pleitear essa licitação. Então esse termo de referência vai servir justamente para nortear a licitação de contratação da empresa que via explorar”, conta.

EXPERIÊNCIA – O levantamento será realizado por uma equipe da empresa contratada, que também contará com a experiência do arquiteto Rafael Dettoni, que é funcionário efetivo de carreira da Secretaria Municipal de Transportes Urbanos (SMTU) de Cuiabá, e que ajudou a implantar a Zona Verde na capital, além de ser funcionário da Secopa.

“É uma pessoa que tem um conhecimento diferenciado, tem todo um arcabouço de informações que vão ajudar o Município no sentido de não errar na implantação da Zona Azul”, afirma o secretário Ronaldo Diniz ao lembrar que o Município tinha um compromisso com a Acits, no ano passado, de começar a implantação em dezembro, mas preferiu aguardar um pouco mais. “Nós iríamos implantar uma coisa fadada a falhas e erros então nós resolvemos adiar um pouco mais, contratar um projeto, um projeto um pouco mais substanciado para poder justamente minimizar os erros”, conclui o secretário..

ACITS – O diretor comercial da Acits, empresário Rubens Jolando, disse que o que a associação comercial defente é a implantação da Zona Azul. “Porque a Zona Azul vai regulamentar o estacionamento rotativo. O que não pode é ficar o dia todo o carro estacionado em frente ao comércio, tirando a oportunidade das pessoas também estacionarem para fazerem suas compras. Então o estacionamento tem que ser rotativo. Não pode ser permanente”, cobra o empresário ao defender que antes da implantação o assunto passe por uma ampla discussão com segmentos vários da cidade, do comércio, transportadoras e usuários de vagas especiais. “Tenho certeza que vão chegar num bom termo e sair uma lei que contemple todos esses assuntos e que de fato seja implantada a Zona Azul, porque realmente o comércio está prejudicado pela forma como está organizado o trânsito, principalmente o estacionamento em nossa cidade”, avalia Jolando.

ASTANDE – Já o presidente da Associação Tangaraense de Pessoas com Deficiência (Astande), professor Rodrigo Rodrigues, defende que as vagas para portadores de necessidades especiais sejam garantidas. “Nossa maior defesa como entidade é que a vaga dos deficientes físicos sejam respeitadas e pelo que está sendo conversado nós temos entendimento de que serão respeitadas”, conta ele ao explicar que ainda é preciso garantir no projeto que o Município vai encaminhar à Câmara Municipal que os deficientes físicos e idosos sejam isentos da cobrança, nas vagas especiais garantidas pela legislação.

“Estaremos tentando juridicamente, como nós tentamos em diálogo com eles, que não cobrem essas vagas dos deficientes e idosos. Mas será uma discussão com os vereadores, sociedade e entidades. Nós estamos torcendo e vamos esperar”, afirma ao lembrar que atualmente Tangará da Serra conta com algo em torno de 70 veículos, entre automóveis e triciclos, utilizados por deficientes físicos. 
 





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