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Política
Sábado - 21 de Abril de 2012 às 21:00

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Ex-diretor do DNIT Luiz Antônio Pagot
Ex-diretor do DNIT Luiz Antônio Pagot
Gravações da Polícia Federal mostram o bicheiro Carlinhos Cachoeira comemorando a queda do ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Luiz Antônio Pagot, no ano passado. O ex-diretor acusou o bicheiro de ter arquitetado a demissão dele.

Em maio do ano passado, em uma gravação feita com autorização da Justiça, o bicheiro Carlinhos Cachoeira diz a Claudio Abreu, então diretor da Delta Construções, que ‘plantou’ na imprensa informações contra o ex-diretor do DNIT, Luiz Antonio Pagot. O DNIT é o órgão do Ministério dos Transportes responsável pela execução das obras nas rodovias federais.

“Eu plantando em cima dele, igual o que eu plantei do Pagot, ele anotou tudo. Está uma beleza agora. O Pagot está (..) com ele”, disse Cachoeira, na gravação.

Nesta sexta-feira (20), em entrevista ao repórter da Globo News, Gerson Camarotti, Pagot acusou Abreu e Cachoeira de terem ‘armado’ contra ele, que teria contrariado interesses da dupla, e acusou o presidente de honra o PR, o deputado Valdemar Costa Neto, de fazer lobby para a construtora. “Era um verdadeiro agente da Delta dentro das instituições”, afirmou Pagot.

Em nota, Valdemar Costa Neto negou que faça lobby ou tente interferir em licitações.

Na quarta-feira, a presidente Dilma Rousseff se reuniu com os ministros da Justiça, dos Transportes e da Casa Civil. Mandou fazer um pente-fino em todos os contratos da Delta com o Governo Federal. Na segunda-feira (23), a CGU vai abrir um processo que pode declarar a empreiteira uma empresa inidônea.

Ao todo, 80% dos contratos da Delta são com o DNIT. A empreiteira ainda tem 99 contratos vigentes com o departamento.

No Ceará, o Ministério Público pediu abertura de processo contra a Delta e servidores do DNIT. Uma investigação da Polícia Federal descobriu que a empreiteira pagava propina para sete funcionários do departamento no estado. O caso foi a gota d’água para a CGU abrir a investigação.

“Os dados das gravações que vêm sendo divulgadas pela imprensa, com evidências muito claras de crimes, de pagamento de propina, de corrupção, de trafego de influência em âmbito nacional. Vimos que é o momento adequado agora para instaurar o processo que pode vir a declarar a inidoneidade da empresa”, aponta o ministro-chefe da Controladoria Geral da União, Jorge Hage.

Em nota, a Delta afirmou que as acusações feitas contra a empresa por Luiz Antônio Pagot são falsas e fantasiosas e que provará na Justiça sua idoneidade.

Os advogados de Carlos Cachoeira só vão falar sobre as denúncias depois que tiverem acesso integral aos autos das investigações da polícia.






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