Apesar de não se recordar da ação apresentada pela Procuradoria, a ex-deputada afirma que irá recorrer junto ao Tribunal Superior Eleitoral
Chica Nunes está inelegível até 2014, diz TRE
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) julgou durante a sessão de ontem (24) o processo de compra de votos contra a ex-deputada estadual Chica Nunes (DEM). Por unanimidade, o Pleno tornou a democrata inelegível até 2014. Como em 2015 não tem eleição, ela poderá disputar somente o pleito municipal de 2016. A assessoria do Tribunal informou ainda que, caso Chica estivesse exercendo um mandato, seria cassada.
O mérito era para ter sido julgado na sessão da última quinta-feira (19). No entanto, o juiz-membro Francisco Alexandre Ferreira Mendes, que havia pedido vistas na primeira votação, não apresentou seu posicionamento a tempo.
Na ocasião, a Procuradoria Regional Eleitoral já havia emitido parecer favorável à condenação da ex-deputada. Ela era acusada de compra de votos durante a campanha de 2006, quando se elegeu deputada estadual.
Ao ser questionada sobre a decisão, a democrata não quis se posicionar alegando não se recordar de qual processo de trata. Contudo, afirmou que iria se interar do fato e, depois, procuraria a reportagem.
Este processo se arrasta há anos e somente agora teve uma decisão. Contudo, apesar de não saber ao certo qual é o processo, Chica acredita que cabe recurso em esfera superior ao TER, ou seja, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Chica Nunes foi denunciada por corrupção quando estava no comando da Câmara de Cuiabá, nos anos de 2005 e 2006. Na época, a ex-deputada chegou a ser indiciada por um rombo de R$ 6 milhões, mas acabou não enfrentando processo político porque, logo após encerrar seu mandato, já estava eleita deputada.
No entanto, teve as contas de sua campanha eleitoral rejeitadas pelo TRE no final do ano passado, por não ter comprovado o recolhimento de sobra ao partido político. Já como deputada estadual, a democrata chegou a ocupar o cargo e vice-presidente da Assembleia Legislativa.
Ela já esteve filiada ao PSDB, no entanto, com receio de ser expulsa da sigla devido ao escândalo referente à Câmara de Cuiabá, optou por migrar para o DEM, no qual se encontra até hoje.
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