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Política
Quarta - 25 de Abril de 2012 às 08:15

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Viana classifica a situação como “armação” e “politicagem”, por ser ano eleitoral
Viana classifica a situação como “armação” e “politicagem”, por ser ano eleitoral
O desembargador Luiz Carlos da Costa determinou o afastamento do prefeito de Primavera do Leste, Getúlio Viana (PR), por atos de improbidade administrativa. O chefe do Executivo teria fraudado um processo licitatório realizado no ano de 2008, para aquisição de transporte escolar na zona rural do município.
Segundo a denúncia anônima, aceita pelo Ministério Público Estadual (MPE), o prefeito teria comprado carros velhos e colocado em nome de outros para poder ficar com parte do dinheiro e repassar apenas uma pequena quantia aos motoristas.
Esta é a segunda vez que o MPE solicita o afastamento de Viana por conta do mesmo processo. A primeira foi negada em primeira instância, o que acarretou em um recurso o qual obteve a liminar concedida agora.
Para o desembargador, a medida é necessária para que o republicano não intervenha no andamento das investigações. No entanto, a decisão ainda é provisória, já que não foi julgada pela 4ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça (TJ).
O prefeito diz que ainda não foi notificado, mas, apesar disso, já entrou com recurso. Ele classifica a situação como “armação” e “politicagem”, por 2012 se tratar de ano eleitoral.
Além disso, afirma que vem sofrendo perseguição política desde julho do ano passado por parte do promotor de Justiça Silvio Rodrigues Júnior.
“Isso tudo é uma armação que estão fazendo contra mim desde o ano passado. Um promotor que fez uma denúncia anônima contra a minha pessoa por eu estar agindo com honestidade. Estou pagando caro por ser honesto. Eles querem que sejam eleitos os bandidos”.
O parlamentar também acrescenta que tem conhecimento do processo, no entanto nunca foi chamado para prestar esclarecimentos sobre o teor do mesmo na Justiça.
“O bandido é escoltado para ser levado a juíza e prestar depoimento. Agora, um cidadão de bem não tem nem o direito de ser ouvido”, critica. Segundo ele, isso é uma afronta à democracia.
Com relação às denúncias, ele afirma que não houve aquisição de novos carros, apenas a regularização dos que já trabalhavam para a prefeitura, e obtinha um rendimento de aproximadamente R$ 10 mil por mês.
Esta é terceira vez que Getúlio enfrenta problemas com processos judiciais. Em meados de fevereiro, Viana teve R$ 166 mil bloqueados por conta de um agravo de instrumento também interposto pelo MPE, em março do ano passado.
O pedido foi acatado pela 4ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça devido a 19 irregularidades, elencadas em 2009.
Além disso, no início do mês passado, o republicano teve mais R$ 1,5 milhão em bens bloqueados por conta de três ações propostas pelo Ministério Público, sendo uma delas a fraude na aquisição de transporte escolar. 
 





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