Após denúncia de MP, republicano defende ato de secretário e igreja
O deputado estadual Sebastião Rezende (PR), que também é líder da igreja Assembleia de Deus, usou a tribuna do Legislativo nesta quarta (25) para defender os interesses da comunidade evangélica e rebater denúncia do Ministério Público sobre suposto favorecimento da igreja pela secretaria estadual de Cultura, sob João Malheiros, que também é do PR, e pelo adjunto Oscemário Daltro, um dos líderes do movimento evangélico na Capital.
O MP questiona o patrocínio de R$ 193 mil num evento para comemorar o centenário das igrejas Assembleia. Sebastião defendeu que a sua igreja desenvolve trabalhos importantes para a sociedade e, por isso, merece o apoio financeiro. Ele também fez um contraponto com o investimento que é feito pelo Estado beneficiando a igreja católica na Páscoa, por meio da encenação do espetáculo Paixão de Cristo.
O republicano ficou na bronca depois que o promotor Célio Fúrio questionou o fato de Malheiros ter destinado à igreja Assembleia recursos do próprio orçamento da pasta e não do Fundo Estadual de Fomento à Cultura. Fúrio também considera que não há interesse público plausível que justifique o patrocínio.
Além de defender a igreja e, ao mesmo tempo, ponderar que respeita a atuação do agente fiscalizador, Sebastião propôs que 20% do orçamento da secretaria de Cultura, que neste ano é de R$ 6 milhões, seja destinado para a gravação de CD de cantores gospel da Assembleia. O problema é que se a pasta for fatiar o orçamento para as igrejas terá que contemplar à todas as religiões como o budismo, espiritismo entre outras e não vai sobrar nada para a promoção da cultura local como o Siriri, o Cururu, teatro, literatura, entre outros.
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