Para o secretário de controle externo do TCU em Mato Grosso, José Ricardo Tavares Louzada, o trecho da rodovia, que deve ser entregue com um ano e meio de atraso, realmente apresenta problemas estruturais. Ele afirmou que o principal deles diz respeito à espessura das placas de concreto. Os fiscais do TCU foram a campo e constataram que, em alguns trechos, até 30% delas estão com tamanho inferior ao projetado.
Por meio de nota oficial divulgada à imprensa, a Delta informou que já determinou a abertura de uma auditoria que vai averiguar todas as práticas de responsabilidades da diretoria da empresa no Centro-Oeste. A empresa ressaltou ainda que assume o compromisso de prestar toda e qualquer informação que for solicitada pelas autoridades.
Em virtude da comprovação das irregularidades, o TCU decidiu bloquear cerca de R$ 4 milhões que deveriam ser repassados para a Delta. A conclusão dos técnicos, conforme o representante do TCU, deve ser submetida à análise do ministro do Tribunal.
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) informou que também já tinha detectado os problemas. Após o fato, a empresa Delta contratou um consultor que fez um estudo e constatou que o problema não seria tão grave. Esse estudo já foi encaminhado para o Dnit em Brasília, que concordou com o estudo. As placas que a empresa substituiu não serão pagas pelo Dnit.
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