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Quarta - 25 de Abril de 2012 às 22:55
Por: Diego Ribeiro

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Giuliano Gomes/Gazeta Press
Volante Marcos Assunção voltou a marcar gol de falta, mas deixou o gramado machucado.
Volante Marcos Assunção voltou a marcar gol de falta, mas deixou o gramado machucado.
Pode não ter sido o melhor jogo do ano para o Palmeiras, mas o duelo contra o Paraná era daqueles em que o resultado importava bem mais do que o futebol mostrado. Nesta quarta-feira, o Verdão enfrentou um estádio lotado e um time organizado, mas se superou, contou com um pênalti infantil do rival e fez 2 a 1 fora de casa, garantindo boa vantagem para a partida da volta das oitavas de final da Copa do Brasil, em Barueri, daqui a duas semanas.

Os quase 13 mil paranistas fizeram uma bela festa na Vila Capanema, e isso deu ânimo para o time de Ricardinho jogar de igual para igual com o Palmeiras em vários momentos da partida. No entanto, a maior experiência dos comandados de Felipão pesou, e um gol de pênalti de Henrique selou o resultado positivo – depois de um pênalti infantil cometido por Henrique Alemão.

Em três dias, o Palmeiras superou a eliminação no Campeonato Paulista para o Guarani, fez mudanças e deu uma trégua no princípio de crise que se instalava no Palestra Itália. Agora, terá mais de dez dias de treinos para se preparar para o segundo jogo contra o Paraná – um empate basta para a classificação, e até a derrota por 1 a 0 serve para o Verdão. Já o time da casa teve sua boa atuação reconhecida e foi aplaudido pelos torcedores depois do apito final.
 
Eliminado no Paulistão, o Palmeiras folga no fim de semana e volta a jogar só no dia 9, contra o próprio Paraná, na Arena Barueri. Já o time de Curitiba estreia na Segunda Divisão do Campeonato Paranaense na terça-feira, contra o Junior Team, no Durival de Brito.

palmeiras x paraná (Foto: Hedeson Alves/VIPCOMM )
Paraná e Palmeiras fizeram um jogo bem disputado no Durival de Brito (Foto: Hedeson Alves/VIPCOMM )



Assunção resolve, mas Tricolor se supera

Felipão prometeu mudanças e as fez por atacado. Depois das falhas na eliminação para o Guarani, no Paulistão, Deola foi barrado e deu lugar a Bruno, que entrou tranquilo e fez boas defesas. No meio, um Valdivia diferente, de bigode, foi muito marcado pela defesa paranista. Na frente, a surpresa: o estreante Mazinho, ex-Oeste, responsável por boas jogadas pelo lado esquerdo, sempre em velocidade.

O clima que o Verdão enfrentou foi hostil. A torcida paranista lotou todos os setores da Vila Capanema e fez dela um inferno. Antes do jogo, a festa para recepcionar os jogadores chamou a atenção, e fez com que o time de Ricardinho entrasse muito ligado em campo, mordendo o rival. Mesmo com apenas cinco jogos na temporada, o Paraná conseguiu equilibrar as ações na base da disposição e da velocidade. Em chute de longe, Luisinho exigiu grande defesa de Bruno, e o time da casa cresceu.

O Palmeiras procurou cadenciar o jogo, quase sempre com Cicinho pela direita. As chances foram raras, até que uma falta na intermediária resolveu o problema alviverde. Aos 21 minutos, Marcos Assunção (para variar) cobrou com perfeição, a bola quicou no chão e não deu qualquer chance de defesa a Thiago Rodrigues: o 1 a 0 deu a vantagem, esfriou a pressão da torcida paranista e ainda desestabilizou a jovem equipe de Ricardinho. O capitão palmeirense tem 23 gols de falta desde que chegou ao clube.

O zagueiro Alex Bruno, mais experiente do time da casa, saiu machucado. O Palmeiras passou a mandar no jogo, aproveitando o momento de indefinições do rival. Mas aí foi a vez de Marcos Assunção sentir dores e deixar o gramado. Sem seu capitão, o time baixou a guarda e permitiu o ressurgimento do Paraná. Aos 38, a equipe de Ricardinho buscou o empate com Luisinho – aproveitando a avenida deixada por Juninho no lado direito do ataque. A Vila Capanema acordou.

Marcos Assunção gol Palmeiras (Foto: Giulianos Gomes / Ag. Estado)
Marcos Assunção comemora o primeiro gol do Palmeiras (Foto: Giulianos Gomes / Ag. Estado)



Inteligência no banco, mas em campo...

O jogo ficou mais nervoso, com o Paraná querendo atacar, mas evitando se abrir demais. Do outro lado, o Palmeiras passou a esperar o adversário, de forma meio preguiçosa, mostrando até certa satisfação com o empate. Empurrado pela torcida e pelos gritos de Ricardinho, o time da casa voltou a se soltar, e incendiou de vez quando Douglas Packer bateu uma falta no travessão. Ali, o Tricolor sentiu que era possível vencer.

Do banco, Ricardinho teve o mesmo sentimento e lançou o rápido Fernandinho na vaga de Wendel, buscando aproveitar ainda mais as brechas deixadas por Juninho e Cicinho nas laterais. Felipão respondeu rapidamente e transferiu Mazinho para o lado esquerdo do ataque, em cima de Paulo Henrique. Por ali, o estreante quase deu a vitória ao Palmeiras, deixando Barcos na cara do gol em duas oportunidades – o centroavante parou no goleiro em ambas.

Barcos saiu, Fernandão entrou, e pouca coisa mudou no setor ofensivo do Verdão. O time mostrou claras dificuldades em armar jogadas, já que Valdivia não viveu uma noite inspirada. Mas, aos 33 minutos, André Vinícius e Henrique Alemão resolveram dar uma ajuda ao rival. A dupla se complicou na saída de bola, e Alemão cometeu pênalti infantil em Patrik.

Sem Barcos, Henrique é o cobrador oficial de pênaltis. Sem Assunção, Henrique é quem ostenta a tarja de capitão. Com tanta moral, só poderia ser ele a dar a vitória ao Palmeiras: o 2 a 1 não garante só a vantagem no jogo de volta, mas também um abafa na crise que já ameaçava voltar ao Palestra Itália. Pelo menos até o dia 9 de maio, o clima será de trégua no clube.






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