Dicró morreu na noite de quarta-feira (25) em um hospital de Magé, na Baixada Fluminense. O compositor sofria de diabetes e de insuficiência renal.
Depois de uma sessão de hemodiálise, ele passou mal em sua residência e foi levado para o hospital, onde sofreu um infarto e não resistiu. Em novembro do ano passado, o artista chegou a ser submetido a uma cirurgia, Hospital estadual Adão Pereira Nunes, para tratar uma inflamação na vesícula.
Compositor era famoso pelo bom-humor
Dicró era conhecido por compor sambas bem-humorados, recheados de sátira e brincadeiras com as sogras. Na década de 1990, formou parceria com os sambistas Moreira da Silva e Bezerra da Silva, encontro que resultou no álbum "Os 3 malandros in concert".
O sambista nasceu em Mesquita, na Baixada Fluminense, mas sempre teve um carinho muito especial pelo bairro de Ramos, no subúrbio. Segundo ele, quando era pequeno, ia a pé de Mesquita até a praia de Ramos, pois não tinha dinheiro para pagar a passagem. Para o sambista, esse era o motivo do carinho especial que sentia pela região e a razão pela qual incluiu Ramos em algumas de suas músicas. Quando a praia começou a ficar suja, Dicró teria sido um dos maiores defensores do local e chegou a organizar um abraço simbólico da população no entorno da praia.
Um dos últimos CDs lançados por Dicró era vendido na rua, de mão em mão. O projeto, que é chamado "CD Rua" e é de autoria do cantor Aguinaldo Timóteo, dá a possibilidade do artista vender o CD a preço popular, o que, segundo Dicró, era mais justo com os seus fãs.
Comentários