Defesa pedirá que Procuradoria investigue Perillo por caso Cachoeira
A pedido do governador Marconi Perillo (PSDB-GO), o advogado Carlos de Almeida Castro, o Kakay, vai pedir nesta quinta-feira (26) que a PGR (Procuradoria-Geral da República) instaure inquérito para investigar o tucano no caso Cachoeira.
Advogado de Perillo, Kakay afirma que a decisão é "inédita" por ser sido solicitada pelo futuro investigado, mas poderá desmentir as suspeitas que recaem sobre o governador.
"Estou fazendo uma coisa inédita a pedido do meu cliente. A imagem dele está sendo deturpada e a investigação vai nos ajudar a mostrar isso", afirmou.
Gravações feitas pela Polícia Federal na Operação Monte Carlo levantam a suspeita de que o empresário Carlos Cachoeira enviou dinheiro, escondido numa caixa, para um integrante de seu grupo que estava na sede do governo de Goiás, comandado por Perillo.
Segundo o site do jornalista Mino Pedrosa e a edição de ontem do "Jornal da Globo", o valor enviado ao Palácio das Esmeraldas foi de R$ 500 mil.
As gravações foram feitas em junho do ano passado. Nelas, aparecem Cachoeira, Gleyb Ferreira da Cruz, um dos principais auxiliares do empresário, e Wladimir Garcez, ex-vereador de Goiânia e apontado como elo do grupo com políticos.
Nos diálogos, Cachoeira diz que mandará o "negócio" por Gleyb até Garcez, que estaria no palácio esperando por uma audiência com Perillo. Pelos áudios, não fica clara o dinheiro de fato chegou às mãos de qualquer pessoa do governo goiano.
O relatório da Polícia Federal apresenta os diálogos com o título: "Entrega de dinheiro no palácio do governo de Goiás".
Em nota divulgada ao "Jornal da Globo", Perillo classificou a história como "irresponsável, leviana, inverídica e despropositada" e negou qualquer encontro no palácio.
Além de ser advogado de Perillo, Kakay e advogados do seu escritório também defendem o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), flagrado em grampos da PF na Operação Monte Carlo em conversas com Cachoeira.
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