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Esportes
Domingo - 29 de Abril de 2012 às 19:21
Por: Alexandre Lozetti

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"Quem foi que falou que eu não sou um moleque atrevido?". A voz do sambista Jorge Aragão ecoou no saguão do Morumbi quando Neymar desceu do ônibus e caminhou para o vestiário. O craque ouvia e se inspirava. Tanta gente boa em campo, mas ninguém com seu poder de decisão. A vitória do Santos por 3 a 1 sobre o São Paulo, que resultou na classificação para a final do Campeonato Paulista, tem o carimbo de Neymar.

De um Neymar centenário. Mais que centenário. O gol 100, de pênalti, teve comemoração discreta. Sem dancinhas, sem tchu, sem tcha... Seriedade de um clássico muito bem jogado pelas equipes. No gol 101, homenagem a Juary, atacante dos anos 70 e 80 que viu sua marca ser exterminada pelo gol 102, marcado com a colaboração de Denis e festejado, aí sim, com o gingado da certeza da vaga. Com três gols, pediu música no Fantástico. Duas!

"Respeite quem pôde chegar onde a gente chegou". O verso da música também explica o Santos, na decisão pelo quarto ano consecutivo. Explica Neymar, que já chegou longe e parece não ter limites. E explica o São Paulo, que chegou aonde podia. Com bons jogadores, mas frágil defensivamente durante todo Paulistão, foi eliminado com boa atuação, mas sem um moleque tão atrevido assim.

O Santos vai a Campinas no próximo domingo para abrir a decisão contra Guarani ou Ponte Preta, que se enfrentam às 18h30 no Brinco de Ouro. Ao São Paulo, resta a Copa do Brasil. Na próxima quarta-feira, no Moisés Lucarelli, o time fará o primeiro jogo das oitavas de final contra a Ponte.






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